O polonês Kamil Semeniuk é um dos astros do Perugia na temporada 2022/2023. Após ser eleito o MVP da última Champions League pelo bicampeão Zaksa Kedzyerzin-Kozle, ele trocou o país-natal pela primeira vez na carreira para atuar na Itália. E acrescentou, no último domingo, o título do Mundial de Clubes ao currículo.
Ao fim da cerimônia de premiação no Ginásio Divino Braga, em Betim (MG), Semeniuk conversou sobre o Web Vôlei. E o jogador de 26 anos fez um questionamento à Federação Internacional de Vôlei (FIVB) sobre a organização do Mundial.
– Em geral a organização do evento não nos deixou confortáveis. A temperatura dentro do ginásio sempre esteve muito alta, principalmente no jogo contra o Sada, quando o local estava lotado de torcedores. Foi muito duro e acho que coloca em risco a saúde dos jogadores. Creio que as pessoas da FIVB responsáveis pela organização deveriam pensar não apenas em fazer o torneio, no dinheiro, mas deveriam pensar em nós, atletas. Talvez na próxima vez, eu espero, a organização seja melhor – disse Semeniuk.
Substituído por Oleh Plotnytskyi na final contra o Trentino, o ponteiro polonês admitiu não ter feito uma boa apresentação. E elogiou o elenco do Perugia, de acordo ele responsável por dado uma “segunda vida” ao time no clássico italiano:
– Minha performance na final poderia ter sido melhor, mas algumas vezes isso pode acontecer. Mas ainda assim estou feliz pelos meus companheiros que saíram do banco (principalmente Plotnytskyi e Herrera), foram para a quadra e nos deram uma segunda vida, acho que posso dizer assim. Jogamos bem do primeiro ao último jogo do Mundial. Essa medalha é muito especial. É a primeira vez que tenho uma conquista no Mundial, estou muito orgulhoso, feliz pela nossa performance nestes quatro dias – comentou.
Na atual temporada, o Perugia ainda não perdeu e sequer precisou jogar um tie-break. O triunfo sobre o Trentino, em Betim, foi o vigésimo seguido. Ontem, pela Champions, o triunfo por 3 a 1 sobre o Ziraat, da Turquia, foi o 21º seguido. Será possível fechar a temporada invicto?
– Nosso foco é sempre vencer o próximo jogo. Obviamente nós vamos encontrar momentos difíceis, podendo perder. E isso não seria um problema. Todo mundo pode perder um jogo, é natural no esporte. Mas vamos ver pra ver se isso vai acontecer conosco – falou Semeniuk.
Por fim, ele comentou sobre a possibilidade de compartilhar a quadra tanto na seleção polonesa quanto no Perugia com Wilfredo Leon:
– Leon é o melhor jogador do mundo. Em alguns momentos, como na final do Mundial, ele não mostrou o seu nível máximo de jogo, mas em certas situações, diria que nas mais importantes do jogo, ele foi para o saque, desequilibrou e nos ajudou demais. Essa é a diferença entre ele e os outros.
Por Daniel Bortoletto
