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Sesc RJ/Flamengo planeja time de base na Superliga B

Formação está entre as prioridades do projeto Sesc RJ Flamengo. Ideia é colocar um time formado por jovens atletas para jogar a Superliga B
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Oficializado na última sexta-feira, o novo projeto do SESC RJ/Flamengo estuda a possibilidade de inscrever um time com atletas das categorias de base na próxima Superliga B feminina.

Os dirigentes e o técnico Bernardinho aguardam a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) divulgar informações sobre a competição para a definição da viabilidade da participação já na temporada 2020/2021. A certeza entre eles é a necessidade de usar uma competição profissional para o desenvolvimento das jovens.

A valorização das categorias de base poderá ser, na minha opinião, o grande legado desta parceria para o vôlei nacional. O número de clubes formadores e projetos para para jovens está cada vez menor país afora, principalmente no feminino. O resultado mais nítido é a diminuição na “oferta” de talentos para os times, um problema a médio prazo, inclusive, com impacto para a Seleção Brasileira.

Em condições normais de temperatura e pressão, o projeto Sesc RJ/Flamengo tem os ingredientes ideais para alavancar as categorias de base. O Flamengo é reconhecidamente um clube formador em várias modalidades, com estrutura física já montada. Bernardinho e sua equipe técnica têm um histórico de revelação de atletas nos mais de 20 anos do projeto iniciado em Curitiba. O treinador ainda coordena uma escolinha de vôlei, com vários núcleos espalhados pelo Rio de Janeiro. O Sesc também tem um forte viés de trabalho social. Por fim, o time adulto, com diversas selecionáveis, servirá como estímulo para crianças e jovens desejarem ter o vôlei como profissão.

– O Flamengo é um clube formador, que já vinha tendo progressos importantes na base. A vinda do Bernardinho e sua equipe potencializa esse movimento, na coordenação, que começa na escolinha, vai para as primeiras categorias de base, com uma pegada mais lúdica, e vai subindo até a alta performance. Tem o que chamamos de efeito farol. A base olha para os ícones e almeja chegar lá – disse Delano Franco, vice-presidente de Esportes Olímpicos do Flamengo, na sexta-feira.

Segundo ele, mais de 50% dos atletas da área olímpica do Flamengo são provenientes de locais carentes. O clube oferece bolsas de estudo e está construindo um espaço para estudo, com tutores para auxílio dos atletas.

Conciliar o alto rendimento com a base deveria ser o objetivo principal de qualquer grande projeto esportivo. Que o Sesc RJ/Flamengo consiga viabilizá-lo com tais pilares!

Por Daniel Bortoletto

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