As semifinais da Superliga Feminina de Vôlei 2020/21 estão definidas. O Sesi Bauru derrotou o Sesc RJ Flamengo por 3 sets a 2, de virada – parciais de 25-27, 25-18, 25-22, 19-25, 15-10 -, na noite desta sexta-feira, no Ginásio Hélio Maurício, no Rio, encerrando o playoff das quartas de final em 2 a 1 e garantindo a última vaga na semifinal que ainda estava em jogo. O adversário das baurenses por vaga na inédita final é o Itambé Minas, que eliminou o Brasília.
A outra semifinal será disputada entre Osasco São Cristóvão Saúde – que passou pelo Curitiba – e Dentil Praia Clube, que derrotou o São Paulo Barueri. As série melhor de três começa na próxima sexta-feira (26.03), na bolha de Saquarema. O segundo confronto está marcado para o dia 28 e o terceiro, se necessário, no dia 30. A CBV, os clubes e o SporTV devem se reunir até segunda-feira para definir os horários dos jogos.
O Sesi Bauru completa, nesta temporada, seis anos de projeto e essa á a segunda vez que o time chega à semifinal. Em 2018/2019 derrotou o mesmo Sesc RJ de Bernardinho nas quartas, mas foi eliminado na fase seguinte, pelo Praia. As semifinais reuniram os quatro melhores times da fase classificatória da Superliga.
A oposta do Sesc RJ Flamengo Lorenne foi a maior pontuadora do jogo, com 30 pontos. Polina, do Sesi Bauru, pontuou 25 vezes e ficou com o Troféu Viva Vôlei. Ela falou do desafio dos últimos dias. Depois do jogo da última segunda-feira, quando venceu por 3 a 0 e empatou o playoff, no Hélio Maurício, o time do técnico Rubinho permaneceu no Rio de Janeiro e, apesar de ter a vantagem do mando de quadra por ter feito melhor campanha na fase classificatória, fez o terceiro jogo na casa do rubro-negro por conta do decreto do governo de São Paulo que proibiu a realização de eventos esportivos em razão do agravamento da pandemia.
– Para nós foi difícil ficar 4 dias no Rio, dentro do quarto do hotel, sem poder voltar para casa, para Bauru. A gente teve de ter força. Estou muito feliz de ver como o time se fortaleceu para chegar à semifinal – disse Polina, que teve 56% de aproveitamento no ataque.
Rubinho perdeu a ponteira búlgara Dobriana Rabadzhieva no terceiro set. Ela sentiu uma dor aparentemente no joelho e deixou a quadra chorando. Vanessa Janke entrou, foi bem no fundo de quadra e contribuiu com 7 pontos. Outros destaques do Sesi Bauru foram: Adenízia, com 16 pontos (5 deles de bloqueio), Tifanny, com 13, Mara e Rabadzhieva com 7 cada uma e Fê Ísis, com 3. No Sesc RJ Flamengo, Valquíria fez 15 pontos (6 de bloqueio), Ana Cristina 12, Juciely 8 e Amanda e Juma 7.
O Sesc RJ Flamengo marcou 68 pontos de ataque, 1 de saque, 11 de bloqueio e contou com 22 pontos cedidos em erros pelo Sesi Bauru. As paulistas fizeram 59 pontos de ataque, 8 de saque, 15 de bloqueio e contou com 27 pontos cedidos pelas cariocas.
Juma se emocionou ao falar dos desafios do Sesc RJ Flamengo na temporada. O time teve dois surtos de covid 19 no grupo, sofreu com lesões e com a dispensa de uma das principais jogadoras do grupo, a ponteira Drussyla.
– Não faltou muita coisa não, a gente se dedicou. Essa temporada não fácil. A gente teve momentos muito bons no campeonato e momentos em que oscilou bastante. Mas, a equipe de Bauru foi muito superior e infelizmente a gente não conseguiu – disse Juma, em meio às lágrimas de tristeza pela eliminação.
Análise por função
Opostas
Sesi Bauru 25
Sesc RJ Flamengo 30
Ponteiras
Sesi Bauru 27
Sesc RJ Flamengo 19
Centrais
Sesi Bauru 26
Sesc RJ Flamengo 23
Levantadoras
Sesi Bauru 4