O trabalho do Sesi, na Superliga masculina, e o do Barueri, na feminina, é um exemplo digno de aplausos. No discurso “angloamericanizado” da atualidade, são cases de sucesso na temporada 2023/2024.
Com times jovens e formados em sua maioria nas categorias de base dos projetos, ambos mostram ser possível abrir espaço para os talentos na transição da base para o adulto e ainda obter resultados no alto rendimento.
O Sesi, terceiro colocado na Superliga, de acordo com levantamento próprio, tem 85% do seu elenco formado em casa. Nesta conta entram atletas mais experientes, com retorno ao projeto no decorrer da carreira. Mas chama a atenção o desempenho de jovens como Darlan (21), Lukas Bergmann (19) e Thiery (20).
O trio já teve passagens recentes pela Seleção adulta. O oposto já se firmou após o Pré-Olímpico e é um nome cada vez mais forte para Paris-2024, enquanto o ponteiro e o central foram convocados em 2023 e demonstram estar cada vez mais maduros para os próximos ciclos.
Já em Barueri, os frutos não param de ser colhidos ano após ano. O investimento da família Guimarães faz com que o time dirigido por Wagão consiga bater rivais como Gerdau Minas, Sesi Bauru e Fluminense, todos com orçamentos muito maiores nesta temporada. Imagine se tivesse mais apoio da iniciativa privada?
Luzia, Aline Segato e Jheovana, por exemplo, ganharam a titularidade, muitos minutos em quadra e provam, a cada rodada, que serão nomes muito ouvidos nos próximos ciclos olímpicos. E tem uma nova safra sendo trabalhada no infanto e no juvenil para um futuro próximo.
A Seleção Brasileira tem muito a agradecer ao Sesi e ao Barueri. E que mais e mais projetos possam manter ou aumentar seu investimento para seguir o mesmo caminho.
Por Daniel Bortoletto