A bicampeã olímpica Sheilla se manifestou neste sábado sobre o fato de ter sido cortada da lista das 12 jogadoras que vão disputar os Jogos de Tóquio-2020 a partir do dia 23 de julho. O técnico José Roberto Guimarães divulgou a lista final na manhã de hoje e optou por levar Rosamaria e Ana Cristina na posição de ponteira/oposta, para serem reservas imediatas de Tandara. Além de Sheilla, foram cortadas a levantadora campeã olímpica Dani Lins, as centrais Mayany e Adenízia e a líbero Nyeme. O Brasil encerrou a sua participação na Liga das Nações 2021, sexta-feira, com o vice-campeonato, após perder para os Estados Unidos por 3 a 1.
– Pela primeira vez venho escrever de um lado que eu nunca passei em toda minha carreira, não faço parte das doze para os jogos olímpicos. Um misto de emoção nesse momento – escreveu a oposta.
Sheilla, 37 anos falou sobre o início da jornada quando aceitou treinar para os Jogos de Tóquio e disputar a posição :
– Quando aceitei o convite do Zé, fui criticada e questionada sobre o porque estaria voltando para seleção. Mas a minha explicação é muito simples. Amo o vôlei e meu coração sempre estará jogando pelo meu país dentro de quadra ou não. Eu sabia que o desafio da seleção esse ano era grande e que seria necessário usar todos os recursos disponíveis para tentar estar entre as 12 e buscar uma medalha. E desde o momento que falei SIM, entrei 100% e me dediquei, doei o máximo para servir meu país. E entendo que esse era o meu papel, assim como a comissão possui o papel de montar o melhor time para o Brasil. Volto para casa com a sensação de dever cumprido, porque sempre fiz e farei tudo pelo meu primeiro amor que é o vôlei e pelo meu país – continuou a bicampeã olímpica.
– Ah, e se me perguntarem se eu recebesse uma nova convocação, se voltaria? A resposta seria, sim e com certeza. Porque eu jamais deixaria meu pais na mão. Saio vitoriosa por ter me colocado à disposição, torcendo e encorajando o time que vai entrar em quadra junto com o meu coração lutando pelo Brasil – encerrou Sheilla.