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Solberg: “O atleta tem que poder falar o que ele quiser”

Carol Solberg: "Acho que o atleta tem que poder falar o que ele quiser". Atleta participou do "Papo de Segunda" da GNT
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A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg, que na semana passada foi advertida pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por manifestação política, foi uma das convidadas do “Papo de Segunda”, do GNT, ontem (19).

A atleta disse, ao apresentador Fábio Porchat que não se sentiu aliviada por ter levado “apenas uma advertência”. Tanto, que a defesa da jogadora prepara recurso no STJD “tendo em vista que o fato é atípico e que nem o Código Brasileiro de Justiça Desportiva e nem o Regulamento das competições proíbem expressamente a conduta”.

– Alívio de jeito nenhum. Por tudo que está acontecendo nesse país, esses absurdos todos. Então eu acho uma loucura, de alguém dizer o que posso e o que eu não posso. É isso, vou recorrer, não concordo com essa decisão. Acho que me sinto no direito quando estou dando uma entrevista, é o momento onde eu tenho voz. Eu acho que tenho que poder falar o que eu quiser, sim – disse a jogador ao GNT.

– Olha, eu acho que o atleta tem que poder falar o que ele quiser, essa é a minha opinião. Não tem nem como ficar negociando, posso falar até ali, até aqui. Eu acho que eu não fiz, eu não usei aquela entrevista como palanque. Não é política, são questões de direitos humanos, vai para outro lugar. É uma indignação, eu sou uma cidadã, como outra qualquer. Quero estar numa entrevista e me sentir à vontade, falar o que eu quiser, o que eu acredito – completou.

Porchat perguntou se ela faria novamente o “Fora Bolsonaro” na mesma situação e Carol respondeu:

– Não sei, de repente sim, se eu achasse que fosse importante, sim. Mas é difícil saber, depende do contexto. Agora por exemplo, né? Me censuraram. Claro que eu não posso falar mais… De alguém dizer o que eu posso, o que eu não posso falar. Então é, sei lá, se eu achasse, se for necessário, eu falaria de novo sim.

 

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