O oposto Wallace, do Sada Cruzeiro, não será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do vôlei. O processo dele foi arquivado, segundo informou O Globo e confirmou o procurador geral Fábio Lira.
A denúncia foi feita pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), após o jogador publicar no Instagram uma enquete para a pergunta feita por um seguidor, questionado se ele usaria uma arma mostrada em postagem anterior para atirar no rosto do presidente Lula.
– A principio, não foi verificada nenhuma veiculação das atitudes dele com o esporte, estava fora do horário do trabalho, fora de competição. Não tinha uniforme que o ligava a clube ou patrocinador, não tinha nenhum vínculo com o esporte – falou Fábio Lira ao Globo Esporte.
Em nota oficial, a defesa de Wallace se pronunciou sobre a decisão:
“No dia de hoje (27/2/2023) a defesa do atleta Wallace recebeu a decisão de arquivamento do Procurador-Geral do STJD da Confederação Brasileira de Vôlei, que acolheu os argumentos jurídicos da defesa, no sentido de que a conduta do atleta não foi praticada em ambiente esportivo e não teve qualquer relação com o esporte, o que impossibilita o julgamento por órgãos esportivos. A decisão, que foi extremamente técnica, deve ser celebrada por todos os atletas, na medida em reconheceu os limites de intervenção das entidades na vida privada dos atletas. Não se pode julgar o atleta na esfera esportiva pelo simples fato de ele ou ela ser atleta, sendo necessária a prática do ato infracional ou antiético no contexto esportivo, o que não ocorreu no caso Wallace. O arquivamento é uma demonstração clara da capacidade técnica da Justiça Desportiva do Voleibol brasileiro”.
A decisão do STJD não garante, porém, a volta dele ao vôlei. Wallace está suspenso por tempo indeterminado até o fim de um processo no Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB).