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Tandara encara o Osasco e o Liberatti lotado, no maior clássico do vôlei brasileiro

Atualmente no Sesc RJ, Tandara encara o ex-time Osasco nesta sexta-feira, no José Liberatti, pela sexta rodada da Superliga Feminina
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O dia do esperado encontro entre Tandara e o Osasco/Audax finalmente chegou. Nesta sexta-feira, às 21h30, a oposta, hoje no líder Sesc, enfrenta o ex-time, no caldeirão de José Liberatti, pela sexta rodada do turno da Superliga Feminina 2019/2020. Preparem o suco de maracujá. O SporTV transmite. A equipe carioca lidera com 15 pontos e 5 vitórias em 5 jogos. Osasco é o quarto colocado, também invicto, com 11 pontos, 4 triunfos em 4 partidas.

Tandara defendeu Osasco em três ocasiões na carreira, por cinco temporadas. Na última, o clube foi eliminado da Superliga 2017/2018 nas semifinais pelo Dentil/Praia Clube, que ficou com título naquele ano. Em 2018/2019, ela a deixou o time paulista para defender o Guangdong Evergrande, da China, fazendo juras de amor eterno e prometendo retornar. “Se eu ficar no Brasil, Osasco é a minha casa”, disse, ao se despedir.

Mas, quando voltou da Ásia, no final de fevereiro deste ano, depois de muita especulação sobre seu retorno à equipe do coração, a jogadora anunciou que estava indo justamente para o maior rival, o Sesc. A demora de Osasco em definir o patrocínio, morar no Rio de Janeiro, passar pela experiência inédita de trabalhar com um dos maiores treinadores do mundo, Bernardinho, e o salário, claro, pesaram.

Tandara nos tempos em que defendeu a camisa do Osasco (João Pires/FotoJump)

E, nesta sexta-feira, a oposta, que foi campeã olímpica em Londres-2012 como reserva de Sheilla, quer seguir com o plano de jogar a melhor temporada da sua vida para garantir lugar em Tóquio e, desta vez, como titular, buscar o tricampeonato olímpico com a Seleção Brasileira.

Loucos de Osasco

Não há dúvidas de que será um encontro marcante e tenso para ambos os lados: torcida osasquense e Tandara. Os “Loucos de Osasco” são considerados a torcida mais atuante do vôlei feminino brasileiro. Apoiam incondicionalmente o time e já deram mostras de que o caldeirão do José Liberatti é mesmo o sétimo jogador. Tandara, no entanto, tem carisma e fez história no clube. Nem todos irão ao Liberatti para a agredir verbalmente. E ela também é experiente. Pode usar o ambiente hostil para jogar ainda melhor e responder os xingamentos na bola.

Em teoria, o Sesc chega, ao menos técnica e taticamente, mais equilibrado que Osasco a esse primeiro clássico da temporada. Bernardinho já deu cara ao time, Fabíola vem distribuindo muito bem, as centrais pontuam alto, o passe está funcionando e Tandara, que fez apenas dois jogos na Superliga até agora, teve boas atuações. Mesmo com a atuação irregular de Drussyla até agora, a distribuição de Fabíola está tão homogênea, que o baixo aproveitamento da ponteira não tem comprometido o resultado final.

Ser comandada por Bernardinho foi um dos fatores que pesou para Tandara ir para o Sesc (Divulgação)

Osasco vem de atuações de altos e baixos desde o Campeonato Paulista. Fez jogo duro na semifinal com o Pinheiros e perdeu a decisão com duas derrotas para Barueri. Ganhou uma partida importante na última rodada, de virada, por 3 sets a 2, justamente sobre o algos da decisão do Estadual, fora de casa, mas oscilou muito dentro do jogo.

Roberta, depois de 10 anos no Sesc, agora em Osasco, ainda não fez uma partida convincente na nova equipe. Nas duas últimas partidas, foi substituída por Pri Heldes, que entrou melhor, distribuindo com mais velocidade, precisão e lucidez. Ainda assim, deve começar jogando contra o Sesc.

Na última partida, o técnico Luizomar de Moura tentou, meio que na base do desespero – perdia o jogo por 2 sets a 1 e a quarta parcial por uma diferença de seis pontos – uma formação inédita e basante ousada, que acabou dando certo: substituiu Roberta por Pri Heldes, sacou a cubana Casanova do time, passou Bjelica da ponta para a sua posição de origem, a saída de rede, e colocou a ponteira Ellen em quadra. Osasco virou outro time. E, com velocidade e agressividade no ataque, conseguiu virar o jogo, ganhando confiança para o clássico.

Entre hostilidades,  provocações e muita rivalidade, quem ganha, na noite desta sexta-feira, são os torcedores e os amantes do voleibol. A única certeza que temos é que um invicto da Superliga 2019/2020 vai cair no José Liberatti nesta sexta rodada.

Roberta, ex-Sesc, hoje em Osasc (João Neto/Fotojump)

Por: Patrícia Trindade

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Tags: OsascoSesc RJ

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