Tandara voltou a se posicionar de forma contrária à presença de transexuais no vôlei feminino. A opinião foi dada em uma entrevista ao “Oz Pod”, na noite desta quinta-feira. Três anos atrás, a jogadora já havia deixado clara sua opinião ao comentar, à época, a situação de Tifanny, após a primeira partida entre elas. Atualmente, as duas defendem o Osasco/São Cristóvão Saúde.
– Eu respeito, né? Então, assim, não concordo, porém, eu faço parte de um grupo em que tem a CBV como representante do vôlei e se eles, que são os órgãos importantes, autorizaram, eu tenho que respeitar essa opinião. Mesmo que eu não aceite, mesmo que eu não concorde, eu tenho que respeitar. E por isso eu respeito ela como ser humano e hoje, dando tudo certo, eu não vejo a hora da gente jogar junto. E é uma experiência que eu vou ter com ela, eu não tive isso antes – disse, que comentou também ter conversado com Tifanny, a pedido de Luizomar de Moura, quando o Osasco fechou a contratação dela para a atual temporada.
Em 2018, o posicionamento de Tandara aconteceu logo após o primeiro “confronto” entre elas pela Superliga.
– É um assunto muito delicado. Várias jogadoras se expressaram e receberam críticas. Eu estava me resguardando, esperando esse jogo, porque sabia que seria abordada. Por isso, me preservei pra esse momento, estudei, tirei dúvidas, conversei com especialistas, como nosso fisiologista, preparador físico, fisioterapeuta, entre outros, e tive um respaldo primeiro, pra depois falar minha opinião. Hoje, eu respeito muito a história dela, pra sociedade é muito importante isso. Mas independente se a Tifanny faz diferença ou não em quadra, posso dizer que não concordo, pelo fato de ela participar de uma Superliga Feminina – comentou à época.
Na entrevista de ontem, Tandara diz não concordar com a entrada de outras atletas trans no vôlei feminino:
– Se autorizaram, já era, é o direito adquirido. Só que eu não concordo com outras trans entrarem no esporte, hoje, porque você vai tirar o espaço de uma outra jovem, que está crescendo e buscando isso. Concordo que ela tenha que jogar até quando ela quiser, porque é um direito adquirido, mas eu acredito que não tenham outras autorizações, porque hoje a gente tem tanta menina que corre atrás, e eu acredito que isso prejudica o espaço, entre uma trans e um jovem talento – finalizou Tandara, que atualmente não pode atuar ou treinar por Osasco enquanto o processo sobre o resultado positivo de doping nos Jogos Olímpicos de Tóquio.