A campeã olímpica Tandara corre o risco de ter sua suspensão por doping dobrada de quatro para oito anos após entrar em quadra e levar o título do Campeonato Brasileiro Master, na última terça-feira (30/4), em Santos. A participação da oposta na competição, de acordo com o “Uol”, está sendo investigada pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) como possível infração à suspensão aplicada em maio de 2022. Se condenada, ela pode ficar impossibilitada de atuar até 2029, quando completa 41 anos.
Tandara defendeu o time RS Voleibol, ligado ao pastor Waldomiro Santiago, na principal categoria da competição, o “30+”. O Brasileiro Master foi organizado pela Associação Nacional de Esportes. Ou seja, não tem relação com a CBV, entidade máxima do voleibol nacional e vinculada à FIVB.
Apesar do torneio em questão não ser profissional, a oposta pode ser punida, segundo a reportagem do Uol, pelo fato da competição ter contado com recursos públicos e atletas profissionais como Fabíola, Nati Martins e Mari Blum. De acordo com a ABCD, “o atleta em cumprimento de suspensão não poderá treinar com outros atletas ou usar instalações de clubes e outros filiados de signatários do Código Mundial Antidopagem”.
Durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, Tandara testou positivo para ostarina e foi logo afastada das quadras. Em maio do ano seguinte, a atleta acabou condenada a quatro anos de suspensão. A substância modula o metabolismo e ajuda no ganho de massa muscular. A atleta se defendeu, alegou que houve “vazamento seletivo de informações” e prometeu recorrer.
A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), inclusive, tem à disposição imagens captadas nas redes sociais de Tandara treinando no Ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), e jogando em Santos.
Natural de Brasília, Tandara tem um currículo o ouro nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, quatro títulos de Grand Prix e uma prata na Liga das Nações.