Em live para o site Surto Olímpico no Instagram, a oposta Tandara voltou a falar sobre a vitória na ação que movia contra o Praia Clube, na Subseção de Dissídios Individuais 1 (SDI-1), do Tribunal Superior do Trabalho (TRT). O processo se deu quando a jogadora passou a receber apenas 0,5% do total de seu salário quando engravidou, em dezembro de 2014, de sua filha Maria Clara, hoje com quatro anos. Entenda o caso em matéria neste link.
– Eu não engravidei de propósito, foi um “acidente” muito bom na minha vida, que me trouxe muita maturidade, me trouxe muita paciência para saber lidar com todas as situações. Mas não é nada pessoal… Não tenho raiva de Uberlândia. Meu marido é de Uberlândia, tenho família lá, lá nasceu meu bem maior que é a minha filha. Nunca foi pelo dinheiro. Sempre fui questionada, “Ah, a Tandara é mercenária”. Nunca foi pelo dinheiro e sim pelo amor que sinto pela minha família – disse a jogadora.
– Poucas pessoas sabem o que eu senti nesses cinco anos, os questionamentos que foram feitos. Espero sim que haja uma conversa entre clube, patrocinador e atleta. Assim como eu, todas estão sujeitas a acontecer na carreira. Se for conversado, ninguém vai sair prejudicado, nem clube nem atleta. o combinado não sai caro – completou.
Tandara acredita que a vitória na Justiça pode ser um marco para outras mulheres atletas e também em outras profissões.
– Sim, vejo com o um marco para as atletas mulheres, não só para a classe de atletas, mas para todas as classes trabalhistas. A gente tem direitos. Mas agora tenho de esperar e ver como os clubes e as próximas atletas vão se comportar diante disso. Mas, hoje estou muito feliz, foi uma briga muito grande, tem cinco anos. Graças a Deus deu tudo certo. Fui reconhecida. Espero sim de verdade que seja sim espelho para outras mulheres para qualquer classe esportiva, seja doméstica, secretária, de que a gente tem voz sim. A gente pode trabalhar, se dedicar a família e fazer o que ama – disse Tandara.