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Tandara: “Tenho de tomar cuidado, pois a ansiedade me faz querer comer”

Tandara fala sobre o seu atual momento na quarentena: "Tenho de tomar cuidado, pois a minha ansiedade me faz querer comer"
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Lidar com a ansiedade da incerteza de quando e como a vida seguirá depois que a pandemia do coronavírus for controlada tem sido um desafio para muitas pessoas atualmente. E com os atletas não é diferente. A oposta Tandara, que ainda não oficializou, mas vai trocar o Sesc RJ para retornar ao Osasco na próxima temporada, falou sobre o assunto em live para o site Surto Olímpico na semana passada.

E, também, como muita gente, ela diz que precisa tomar cuidado para que a ansiedade não se transforme em quilinhos a mais na balança.

– Continuo me cuidando fisicamente, mas desde fevereiro não toco na bola. Vai se complicado esse retorno de treinar com bola. Eu não posso ficar 4, 5 dias sem contato com a bola, o dedo vai abrir, vai doer a mão na hora de tocar (risos). Confesso que estou ansiosa por esse momento. A palavra que hoje me resume é ansiedade. Porém, tenho de tomar cuidado muito maior, porque minha ansiedade me faz querer comer. E eu estou treinando dobrado diariamente. Quando o Cléber (marido) me oferece alguma coisa eu falo “não quero, vai para o outro lado, não me oferece, vai para o outro lado, não me oferece duas vezes, porque da segunda vez eu aceito” (risos) – conta a jogadora, campeã olímpica nos Jogos de Londres-2012.

Apesar de os clubes ainda não terem retornado aos treinos, Tandara tem feito atividades física por conta própria com profissionais da sua confiança e na academia, com futuras companheiras de time, como a líbero Camila Brait.

– O início da quarentena foi complicado, porque a gente coloca objetivos. E é muito estranho esse momento. Tem de lidar com o emocional, o físico… A gente está num momento incerto porque não sabe quando vai voltar. Depende de muita coisa para isso. A gente conversa entre a gente. Confesso que as duas primeiras semanas foram tranquilas, tipo férias, mas acabou sendo uma coisa muito mais série e hoje estou com saudade de fazer aquilo que eu sei fazer melhor. Primeiro, fiquei muito chateada com o adiamento da Olimpíada, porque a gente se dedica muito, mas achei importante. Espero que tudo isso passe e que a olimpíada ocorra no verão do ano que vem. A gente sabe o quanto é difícil ficar em casa o tempo inteiro. A nossa vida é muito corrida. Venho vendo matérias de atletas entrando em depressão. A gente sabe o quão ansioso a gente fica. Estou tentando me reerguer e ficar no meu trabalho para que o nervosismo não me pegue. hoje eu tenho muita gente para me dar suporte, tenho o Cléber, tenho a minha filha. Querendo ou não eu fico ansiosa, mas foi o melhor a ser feito.

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