Uma cena marcante após a derrota do Brasil nas quartas de final da Liga das Nações feminina foi ver as jogadoras chinesas tietando a bicampeã olímpica Thaísa para tirar fotos. A meio de rede, surpresa, atendeu a todas ainda na quadra, fazendo fotos.
– Por um lado, fiquei feliz por receber o carinho e ver a admiração delas. Confesso que me surpreendeu, porque muitas vezes, no Brasil, já fui hostilizada e xingada mesmo pós-jogo, fora de quadra, e dentro do meu próprio país por uma parte de torcedores, sem generalizar, é claro. Enquanto jogadoras de algumas seleções pelo mundo, técnicos e fãs mostram tanta admiração e reconhecimento por todo trabalho e legado. Não posso dizer que não é gratificante – disse Thaísa.
Foi a primeira vez que o Brasil ficou fora das semifinais da Liga das Nações. Nas quatro edições passadas a Seleção Brasileira garantiu três pratas e um quarto lugar.
– A lição que fica é de que precisamos correr muito para estar fisicamente muito fortes para poder bater de frente com esses times que estão cada vez mais fortes e altos. Manter a consistência e trabalhar muito nos nossos pontos fracos para minimizá-los. Cada uma olhar para dentro e reconhecer verdadeiramente o que precisa melhorar e buscar isso em cada treino. Eu já estou buscando isso, porque sei que posso contribuir com mais, que posso melhorar em algumas coisas, e já iniciei os trabalhos em direção a essa evolução.
A bicampeã olímpica festeja, porém, ter tempo até o Pré-Olímpico, que acontecerá em setembro, no Japão. Além das anfitriãs, a Seleção Brasileira enfrentará também Turquia, Bélgica, Bulgária, Porto Rico, Argentina e Peru.
– Vimos que pontos estamos atrás, o que precisamos correr para melhorar e teremos tempo para isso. Importante seguirmos fortes e confiantes. Depende só da gente e eu acredito muito nisso – afirmou Thaisa.
Antes do Pré-Olímpico, o Brasil disputará o Campeonato Sul-Americano entre os dias 19 e 23 de agosto, no Recife.