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Thaisa: de “esquisita” a MVP moral da última Superliga

Thaisa: De "esquisita" nos tempos de escola a melhor jogdora da última Superliga, ela relembra tempos de bullying em podcast Jornada nas Estrelas
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Em bate-papo descontraído no podcast Jornada nas Estrelas, com o apresentador do SporTV Bruno Souza e os comentaristas Marco Freitas e Fabi, a central Thaisa, bicampeã olímpica (Pequim-2008 e Londres-2012) voltou a falar sobre o início da carreira e como foi de menina “esquisita” nos tempos de escola a uma das melhores meios de rede do mundo, eleita extra-oficialmente pelas companheiras e melhor jogadora da Superliga 2019/2020.

A competição não terminou por conta da pandemia do COVID-19. Foi encerrada em março, justamente quando se iniciariam os playoffs das quartas de final, quando o Thaisa era a melhor atacante, melhor bloqueadora, segunda melhor sacadora e quarta maior pontuadora do torneio. Aos 33 anos, ela assumiu uma postura de líder dentro e fora das quadras.

Formada em coach sistêmico, indica leituras que incentivam o crescimento pessoal nas suas redes sociais e tem um projeto de virar uma espécie de mentora e ajudar jovens jogadoras a se desenvolverem emocional e mentalmente na carreira.

– Eu me sentia rejeitada – diz Thaisa sobre os tempos de escola.

– As pessoas diziam “sai pra lá, esquisita”. Eu não podia usar um tênis rosinha porque não me servia. E eu me senti acolhida quando entrei para o esporte. Eu tinha uma altura legal, conseguia fazer as coisas. Ali me senti pertencente, eu queria ganhar tudo – contou a jogadora.

– Quero ajudar as meninas mais novas a passarem pelo que eu passei. Se eu tivesse tido alguém assim, talvez eu teria batido a cabeça na parede menos vezes. Quando você é juvenil e vai para o adulto é difícil, você fica pensando se vai conseguir, se você é boa mesmo naquilo – completou.

Thaisa diz que viu com bons olhos o retorno das amigas Sheilla e Fabiana à Seleção na temporada 2019 e que não descarta seguir o mesmo caminho, se for convocada pelo técnico José Roberto Guimarães.

– Fiquei muito feliz quando soube que elas voltariam. As meninas precisam de referências, e elas são exemplos de postura, como atletas, como pessoas. São líderes e a renovação precisa dessas referências. Não vou falar que me deu uma supervontade de estar lá, eu brinco que tenho um joelho de 80 anos, e é para daqui a um ano. Eu preciso fazer a temporada e ver como ele vai estar. É um passo a passo, fazendo metas a curto prazo – disse a central.

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