Confiante. Assim o discurso de Thaisa pode ser definido depois da confirmação da convocação do Brasil para os Jogos de Paris. A lista foi anunciada nesta quinta-feira (5/7) pela CBV.
A experiente meio de rede do Gerdau Minas, a caminho da quarta participação olímpica, comentou a satisfação pessoal sobre voltar a estar presente no maior evento esportivo do mundo.
– Estou muito feliz e muito honrada de novamente fazer parte desse grupo e poder estar disputando mais uma Olimpíada. A partir do momento que eu decidi que gostaria de estar de volta, eu me dediquei muito. Não só na Seleção, mas durante a temporada, me cuidando, trabalhando forte na academia, buscando muitos recursos e profissionais para poder me manter bem. Eu sei de tudo o que eu busquei nessas últimas temporadas para me manter firme, forte, saudável, para poder chegar bem na seleção e representar bem o país – disse a central.
Nome de confiança do técnico José Roberto Guimarães, Thaisa, de 37 anos e 1,96m, vê em Paris a chance de ser tornar tricampeã olímpica, um feito inédito para atletas brasileiros. Sinônimo de resiliência e força, ela superou uma grave lesão no joelho que a deixou de fora das quadras por dez meses, em 2017. O que era considerado por muitos como o “fim da linha”, se transformou em motivação para um retorno ainda melhor, tendo Zé Roberto, que na época comandava o Barueri, como seu mentor.
Em sua quarta participação, Thaisa começou sua trajetória olímpica com o ouro em Pequim-2008 aos 21 anos. No ciclo seguinte, Londres-2012, ela se firmou como um pilares da equipe e foi peça fundamental na conquista do bicampeonato olímpico. Na edição disputada em casa (Rio-2016), o Brasil ficou com a 5ª colocação após ser derrotado pela China, nas quartas de final da competição. Focada na saúde, pediu dispensa e ficou fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
– Não é porque agora saiu a confirmação que o trabalho vai diminuir, muito pelo contrário. Pretendo trabalhar ainda mais. Me sinto totalmente pertencente a esse grupo que me acolheu de braços abertos, com muito amor e muito carinho. As meninas têm uma mentalidade incrível, querem muito, e lutam por um mesmo objetivo. Temos um time para bater de frente com qualquer outro time do mundo. Se jogarmos juntas, como time, eu acredito muito que vai dar certo e que a medalha de ouro será nossa. Mas tem que ser jogando como equipe, todas muito fortes, todas decidindo, todas muito firmes e confiantes. Agora é continuar a preparação antes da viagem e aproveitar tudo isso ao máximo – completou a bicampeã olímpica.