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Thaisa pode bater marca histórica em dia especial

Meio de rede está próxima dos cinco mil pontos na Superliga. Thaisa terá o Sesc RJ Flamengo pela frente na sexta-feira
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São mais de 20 títulos com a Seleção Brasileira e mais de 30 com clubes e, aos 36 anos – completará 37 em maio -, Thaisa segue inspirando meninas de várias gerações. Na próxima sexta-feira (8/3), ela alcançará mais um feito: a marca de 5 mil pontos na carreira na Superliga. Para isso, a central bicampeã olímpica precisa de quatro acertos no jogo do Gerdau Minas contra o líder Sesc RJ Flamengo, na Arena UniBH, em Belo Horizonte (MG).

Thaisa começou esta temporada da Superliga 23/24 com 4.786 pontos, e depois de 16 jogos – não esteve em quadra em duas partidas -, somou mais 210 acertos.

– Não busco estatísticas se sou a maior nisso ou naquilo. Busco a estatística do jogo no momento, como está a minha eficiência de ataque, se eu estou ajudando ou não. Mas é muito importante saber disso, é bacana. São 23 anos de voleibol, mas é uma trajetória muito longa de dedicação, de muito amor pelo que eu faço. É gratificante saber que, mesmo depois de tanto tempo, ainda estou em alto nível. Claro que sempre busco melhorar. Tem momentos que dá, tem outros que não dá, mas estou sempre nessa busca constante de evolução – afirmou Thaisa.

E nada mais perfeito do que poder atingir esse feito na data de 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher.

– Eu sempre falo dessa luta da mulher, de igualdade em muitas situações: de gênero, salarial, de reconhecimento, visibilidade, a importância da mulher na sociedade. Muitas vezes somos desmerecidas ou levadas em conta apenas por um rosto bonito, sempre medida por beleza, pelo corpo, e não sendo observada pela inteligência, pela capacidade, pela entrega, pelo que a gente tem de tão incrível que temos a oferecer, nossa força – ressaltou Thaisa.

– Estamos vencendo muitas barreiras nessa luta, não só na vida, mas no esporte também. Sempre vou bater nessa tecla da nossa força, da nossa coragem, da nossa resiliência, e o quanto que a gente precisa de atenção, dessa visibilidade, desse patrocínio, de igualdade. Porque a dedicação e a força de vontade são as mesmas dos homens. A gente abdica de muitas coisas, muitas vezes até mais do que os homens, porque a gente também tem o fato de querer ser mãe, de querer ter filhos, construir nossa família, e muitas vezes só adia isso, cada vez mais, porque se fizer essa escolha, a gente perde espaço, a gente não tem apoio. Muitas vezes a mulher é menos valorizada se for mãe. Que sigamos lutando contra isso, mostrando a nossa força, que tem muitas pessoas que se inspiram na gente e podemos cada vez mais mudar com relação a isso. Sigo querendo servir de inspiração para essas mulheres não só no esporte, mas na vida – completou a central.

Com um milhão de seguidores nas redes sociais, Thaisa se diverte quando se referem a ela por “patroa” e “mami”.

– Acho sensacional. Me divirto, entrei na brincadeira. Fico muito feliz porque quando começaram a me chamar assim foi com muito carinho e recebi muito carinhosamente também. É divertido, eu amo, e é uma forma alto astral. Espero corresponder esse carinho todo que a torcida brasileira tem enviado para mim – disse Thaisa, que começou a disputar a Superliga aos 16 anos, pelo Minas Tênis Clube, e é heptacampeã da competição.

 

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