A Seleção Brasileira feminina de vôlei carimbaou o passaporte para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, mas a caminhada durante o Pré-Olímpico, em Tóquio, não foi nada fácil. O grupo viveu um turbilhão de emoções e, principalmente, a dor pela morte de Walewska. De volta a Belo Horizonte, Thaisa, ao fazer um balanço da temporada, revelou que nunca havia passado por situação parecida.

– Já passei por muitas situações difíceis na minha carreira, mas nada chegou nem próximo de como foi no Pré-Olímpico. Nunca me senti tão “anestesiada” como se tudo passasse diante dos meus olhos e eu simplesmente seguia um automático, como se não estivesse ali, sabe? Foi muito difícil. Quanta dor e tristeza. Inexplicável – afirmou a central, companheira de Wal na conquista do ouro em Pequim-2008.

– Esse Pré-Olímpico foi intenso. Com certeza saímos fortalecidas como grupo. Mesmo com todas as dificuldades, terminamos em segundo e com a classificação. Fiquei muito feliz, aqui dentro eu tinha a certeza de que conseguiríamos. Não sei explicar. Estou realmente muito feliz por poder ajudar e crescer junto com o time. A vaga foi mais um passo dado em direção a minha meta, uma conquista a ser celebrada.

Thaisa terminou o Pré-Olímpico como segunda maior pontuadora do Brasil, com 83 pontos, e principal bloqueadora da equipe, com 23 acertos – na Liga das Nações a central já havia sido a maior pontuadora, com 114 pontos.

– Ainda tem algumas coisas para ajustar e ser ainda melhor. Farei isso aqui no Minas. Sei da importância desse fundamento da minha posição e vou trabalhar bastante para estar ainda melhor no ano que vem, focar em ficar cada vez mais forte fisicamente, uma alimentação boa. Tudo isso me leva passo a passo em direção aos resultados. Não adianta querer resultados sem agir de verdade da forma correta. Tive força, quis muito, então o resultado vem. E quero mais que isso porque sei que posso mais. E essa será minha busca nessa temporada. Fazer e cuidar ainda mais porque quero entregar mais e melhor no ano que vem”, completou Thaisa.