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Thaísa relata angústia, segunda lesão e alívio ao voltar

A bicampeã olímpica Thaísa voltou a ser relacionada pelo Itambé/Minas nesta segunda e falou sobre as dificuldades dos 2 meses de afastamento
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O dia 14 de fevereiro marcou o “início de 2022” para a bicampeã olímpica Thaísa. Em Valinhos, ela entrou em quadra pela primeira vez no com a camisa do Itambé/Minas para uma partida oficial. Não foi utilizada por Nicola Negro, é verdade. E ela explica, neste relato exclusivo ao Web Vôlei, todas as dificuldades e dúvidas enfrentadas nos últimos dois meses.

Durante o Campeonato Mundial de Clubes, em Ankara, na Turquia, em meados de dezembro, a meio de rede jogou com fortes dores na canela. Foi ao sacrifício máximo ao entrar em quadra na disputa pelo bronze. Teve uma fratura detectada e precisou de praticamente dois meses de recuperação para ficar à disposição do treinador italiano novamente.

Nos quase 60 dias de ausência, Thaísa admite ter sofrido com o mental, além de toda a questão física envolvida, como não poder apoiar o pé no chão no início do tratamento.

– Foram dois meses, é muito tempo sem poder treinar, sem poder pegar na bola. Nem só pela bola, mas no começo eu não conseguia fazer algumas coisas de musculação, não podia apoiar o pé. Foi bem complicado. Perdi muita massa muscular, estou bem mais magra do que normal, mesmo depois de correr atrás do prejuízo. Estou malhando bastante, fazendo bastante coisa depois que eu pude colocar o pé no chão. Então foi muito difícil não estar em quadra, sem ficar com as meninas no dia a dia treinando. É muito ruim, quase desesperador. Estava muito ansiosa mesmo. Foi uma fase bem difícil, bem complicada. Eu fiquei muito mal em alguns períodos pois é difícil no meio de uma temporada você não poder conviver de verdade. Estar perto, mas não estar, né. Foi muito, muito difícil – contou Thaísa.

Nesta segunda-feira, ela voltou a ser relacionada para um jogo. Ficou no banco de reservas, mas não escondeu a felicidade pelo retorno. Volta, inclusive, que poderia ter acontecido antes. Mas uma lesão muscular abdominal impediu.

– Voltar ontem foi muito bom. Foi o meu primeiro contato real com a bola, porque 10, 12 dias atrás eu tentei treinar, fiz um pouco do treino e senti o abdômen. Acabou que tive que ficar afastada de novo. Até ontem não tive nenhum treino. O aquecimento do jogo foi praticamente meu primeiro treino, sabe. Foi muito tempo sem contato com a bola. Eu estava tão feliz, tão feliz assim. Sei que vai ser um longo caminho pela frente para recuperar esse ritmo de jogo. Vai ser como uma pré-temporada forçada, voltando com tudo. Eu sei que vou sentir muita dor no corpo, vou ficar toda dolorida, mas é um dolorido feliz, pois estou de volta. Preciso ter paciência nesta retomada – revelou Thaísa.

Ela ainda falou sobre o Minas, vice-líder da Superliga, com o Barueri pela frente na próxima quinta-feira, e os planos para a reta final da temporada:

– A gente teve, assim como outros times, altos e baixos. É natural acontecer. Tivemos problemas físicos, de saúde… Mas a gente sempre fala: fase final é outra parada. Playoff é outro campeonato, está tudo aberto, tudo zerado. Então espero que a gente aproveite essa oportunidade para se fechar ao máximo, buscar ajustar os detalhes para fechar a temporada bem. É o que eu pretendo, o que eu espero.

Por Daniel Bortoletto

Tags: Itambé/MinasThaisa

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