Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, de 87 anos, foi reeleito neste domingo presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) até 2025.
A chapa da situação, com Radamés Lattari como vice, recebeu 151 votos, contra 96 da oposição, com a chapa de Marco Túlio Teixeira e Serginho Escadinha.
A eleição foi praticamente definida com as federações, que abriram a votação, feita presencialmente, em um hotel no Rio de Janeiro, ou por declaração oral através de um programa de vídeo-conferência. Foram 21 votos para a situação, com peso 6, apenas um a menos do que era necessário para sacramentar o campeão. Na totalização, são 126, bem perto dos 129 necessários para a vitória.
Das 27 federações, todas as das Regiões Norte e Nordeste votaram na atual gestão da CBV. Do Centro-Oeste, apenas o Distrito Federal apoiou a oposição. Entre os estados do Sul e Sudeste, Rio de Janeiro e Santa Catarina fecharam com a situação. São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná escolheram a outra chapa. O Espírito Santo, que apoiava a oposição, não pôde votar. Segundo a Comissão Eleitoral, por não estar com a situação regularizada para participação na Assembleia.
Já as atuais comissões nacionais da CBV de vôlei de quadra, formadas por Rapha, levantador do EMS/Taubaté, Amanda, do Sesc RJ Flamengo, e de praia (Emanuel e Harley) votaram na oposição. Esses votos, assim como os das federações, tinham peso 6.
Entre os clubes, com a ausência do Sesi, seis votos (peso 1) foram pela mudança (Sada Cruzeiro, Minas, Taubaté, Praia Clube, Brasília, Guarulhos) e dois pela continuidade (Sesc RJ Flamengo e Pinheiros). Entre os oito atletas olímpicos, unanimidade com escolha da oposição. Os outros 54 votos das comissões estaduais de quadra e praia (alguns estiverem ausentes) ficaram bem divididos.
Ao fim da votação, situação e oposição tiveram direito a um depoimento. Tulio disse o resultado está sub judice. A alegação, já apresentada nas últimas semanas, é de que a candidatura de Toroca deveria ser impugnada, por tentar uma segunda reeleição, algo proibido e que pode configurar o fim do repasse de verba pública para a CBV.
– Chegamos aqui com 9, 10 apoios (de federações). E foram feitas todas as manobras possíveis e imagináveis, colocando pressão de todos os lados. Atletas foram ameaçados de desfiliação, não receber mais passagens. O vôlei não quer mais esse tipo de palhaçada – acusou.
Ao encerrar a Assembleia, Toroca, que estava em Alagoas, pediu conciliação em uma rápida declaração:
– Não existiram vencidos ou vencedores. O vencedor tem que ser o vôlei brasileiro.