Técnicos das duplas brasileiras classificadas para os Jogos Olímpicos de Tóquio, Marco Char, Reis Castro, Leandro Brachola e Ednilson Costa fizeram um balanço da preparação de suas parcerias.
Marco Char é técnico de Ágatha/Duda. Reis Castro comanda Ana Patrícia/Rebecca, enquanto Leandro Brachola é o treinador de Alison/Álvaro Filho, e Ednilson Costa, de Evandro/Bruno Schmidt.
Para chegar ao pódio olímpico em alguns meses, eles contam com o Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia Open, que já teve seis etapas disputadas nesta temporada 2020/2021, para ajudar na preparação.
– O Circuito Brasileiro é sempre muito forte, com cinco ou seis duplas de cada naipe entre as principais equipes do Circuito Mundial. Desta forma, as etapas do início do ano servem como parâmetro para avaliar nossa equipe no aspecto físico, técnico e tático visando os principais torneios da temporada, e, em um ano olímpico, isso ganha ainda mais importância – destacou Marco Char.
O técnico de Ágatha e Duda ainda chamou atenção para um trabalho feito para o Circuito Brasileiro em paralelo a preparação para Tóquio.
– É evidente que este ano o foco principal está nos Jogos, porém nossa equipe está fazendo uma preparação visando estar na melhor condição possível para lutar pelo título brasileiro, que é muito valorizado dentro e fora do país – afirmou Char.
Acostumado a rodar o mundo preparando seus times para os mais importantes campeonatos, Reis Castro destaca a importância ainda maior do nacional neste ano não só olímpico, mas de pandemia da COVID-19.
– Temos sempre uma rotina entendendo cada competição que jogamos e vamos priorizando as mais importantes em alguns anos. Desde o início da pandemia isso tudo mudou. Perdemos a nossa rotina e percebemos ainda mais a importância do nosso Circuito Brasileiro em manter os atletas do Brasil na ativa – disse Reis.
Comandante do time Alison/Álvaro, Leandro Brachola – campeão olímpico em 2016 com Alison/Bruno – é mais um a destacar que o objetivo principal do ano está nos Jogos, e que o Circuito Brasileiro tem sido fundamental para que este objetivo seja alcançado.
– Obviamente temos como meta chegar no melhor momento nos Jogos de Tóquio. A preparação é voltada para lá, só que o Circuito Brasileiro é muito importante para isso. O nível técnico do campeonato é alto, muito parelho, e disputar o Brasileiro também é um objetivo do nosso time. E ter essa oportunidade oferecida pela CBV, que nos deu de poder participar de uma sequência de competição enquanto outros times não têm, nos permite manter o ritmo, concentração, e mantém os atletas focados e evoluindo no dia a dia para alcançarmos o objetivo de chegar lá no melhor momento – afirmou Brachola.
Ednilson Costa, que comanda a dupla Evandro e Bruno, segue a mesma linha de trabalho. O ponto alto do ano tem que ser em Tóquio, mas o trabalho no dia a dia e nas disputas das etapas é considerado essencial.
– Sem dúvida nenhuma, o principal objetivo da nossa equipe é a preparação para os Jogos de Tóquio. É muito importante entender que essa preparação é dividida em quatro fases. Na volta da folga de fim de ano, por exemplo, fazemos uma pré-temporada com ênfase no trabalho físico, técnico, fisioterapia de prevenção, testes e avaliações físicas e clínicas. Além disso, temos um circuito privilegiado com equipes das melhores do mundo e isso gera grandes testes para o nosso time. Temos um calendário muito importante para essa preparação de excelência e, assim, poderemos chegar 100% preparados para o nosso mais importante desafio – concluiu Ed.