A Turquia “acordou” em quadra após um baque inicial e atendeu à expectativa de sua torcida ao garantir a classificação para a semifinal da Liga das Nações feminina. A vitória por 3 sets a 1 sobre a Tailândia, com parciais de 23-25, 25-14, 25-18 e 25-21, na Ankara Sports Hall, em Ancara, mostrou a capacidade de recuperação das comandadas do treinador italiano Giovanni Guidetti.
O desafio na luta por uma vaga na decisão será contra a Itália, que mais cedo passou pela China por 3 sets a 1, com 36 pontos de Egonu. Na outra semi, o Brasil mede forças com a Sérvia. Os jogos acontecem no sábado.
Eda Erden foi o nome da vitória turca. A experiente central anotou 17 pontos, sendo 12 de ataque, dois de bloqueio e três de saque. Karakurt começou mal, mas se recuperou e também marcou 17 (15 de ataque e dois de bloqueio). Zehra Gunes fez 14 (11 de ataque, dois de bloqueio e um de saque). Na Tailândia, Kongyot Ajcharaporn deu show e deixou a quadra como maior pontuadora, com 21 acertos, apesar do revés.
As asiáticas esbanjaram toda a sua competência na linha de recepção e no sistema defensivo, e impuseram dificuldades para as europeias. O início ruim de Karakurt comprometeu as pretensões da Turquia. Apesar dos erros excessivos na reta final do set, a Tailândia largou na frente.
Mas a atuação até então impecável da levantadora Pornpun foi comprometida no segundo set pela queda de rendimento da recepção tailandesa. O saque turco, há de se destacar, teve méritos. O fundamento deu mais confiança para as donas da casa retomarem a concentração. Ozbay “recuperou” Karakurt e Sahin, e manteve Eda Erdem como bola de segurança. O resultado foi um passeio turco.
O terceiro set até começou equilibrado, mas bastou Karakurt soltar o grito e até mesmo exagerar nas comemorações, com direito a um berro de frente para as tailandesas não coibido pela arbitragem, para a Turquia mais uma vez disparar no placar. Erden manteve a eficiência, e as turcas mais uma vez dominaram.
A disputa foi mais apertada na última parcial, mas o trio ofensivo turco não baixou a guarda. Cada vez mais confiante, Karakurt não segurava os gritos. No fim, Baladin sentiu a panturrilha e teve de deixar a quadra. Mas já estava tudo encaminhado para a cravada de Zehra Gunes decretar o triunfo.