Como? Eita! Sério? Gente! Nossa!
Essas foram algumas das reações nas redes sociais após o anúncio de Renan Dal Zotto como novo treinador do EMS/Taubaté, no fim da tarde de ontem.
Expressões compreensíveis dos fãs do vôlei, já que a notícia realmente pegou todo mundo de surpresa. E falo por mim também.
Não esperava que Taubaté fosse anunciar um novo comandante com tanta rapidez. Daniel Castellani caiu uma semana atrás, Ricardo Navajas, meio a contragosto, assumiu interinamente e a situação parecia definida. Seria normal já começar a pensar em um novo técnico, discutir internamente em busca de uma prioridade e até começar a negociar ainda nesta temporada. Mas pensando em anunciar ao término da Superliga. O Taubaté não seguiu tal script.
No fim da semana passada, após a queda do argentino, o Web Vôlei fez uma enquete no Stories do Instagram, perguntando sobre quem seria o nome ideal para o cargo. Foram citados Horácio Dileo, Javier Weber, Bernardinho, Cézar Douglas, Marcelo Mendez, Marcelo Fronckowiak e o próprio Navajas. Ninguém pediu o técnico da Seleção Brasileira masculina. Por mais que alguns nomes soem como impossíveis, como o de Bernardinho, os demais estão dentro da normalidade e/ou são desejos possíveis. Por isso usei a palavra surpreendente no título deste post com o anúncio de Renan Dal Zotto.
Além de expressões de surpresa, outros questionamentos foram feitos. Um deles merece uma reflexão, apesar de já ter se transformado em algo “normal” no mercado. Não existe um conflito de interesses com o técnico da Seleção treinar um time do mesmo naipe?
Neste cenário eu prefiro acreditar na integridade e na ética de quem está no comando do time e da Seleção. Saber separar o momento técnico do clube e o momento treinador da Seleção, que precisa convocar os melhores, independentemente de vestir a camisa do time A ou B.
Agora a pergunta do milhão: Renan vai dar certo em Taubaté, um projeto com investimento milionário em busca de um título de Superliga?
Não tenho como prever. Acredito, porém, que a presença dele ao lado da quadra poderá fazer com que Lucarelli, Douglas Souza e Lucão, um trio de peças-chave na Seleção, possa fazer a diferença também em Taubaté. E, caso isso aconteça, ganharão o clube e também a Seleção Brasileira.
Por Daniel Bortoletto
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