Com uma atuação de gala, o Vakifbank reverteu um placar que parecia improvável para garantir vaga na final da Champions League 2022/23. O time da ponteira Gabi e da oposta Paola Egonu derrotou o Fenerbahce, das brasileiras Macris e Ana Cristina por 3 sets a 0 – parciais de 25-22, 25-14, 25-22 -, devolvendo o placar da derrota sofrida no primeiro confronto, semana passada, e ganhou também o golden set (15-12) para avançar na competição. o Vakif vai enfrentar, na final, dia 20 de maio, em Turin, na Itália, o Eczacibasi, da oposta sérvia Tijana Boskovic, que eliminou o italiano Novara, ontem. A final terá transmissão (sem imagens) no Youtube do Web Vôlei e no canal de streaming Star Plus (com imagens).
O Fener precisava vencer apenas um set no jogo normal para se classificar, mas o Vakifbank entrou em quadra no modo demolidor para buscar o seu sexto título no torneio europeu. A dupla Gabi-Egonu comandou a vitória do Vakif. A brasileira marcou 18 pontos (16 de ataque, 1 de saque e 1 de bloqueio) e 50% de aproveitamento no ataque, enquanto a italiana fez 21 (16 de ataque, 2 de saque e 3 de bloqueio). Ela teve incríveis 57% de aproveitamento no ataque. O destaque do Fenerbache foi a oposta Vargas, com 18 acertos (16 de ataque, 1 de saque e 1 de bloqueio). Ana Cristina fez 9, todos de ataque, e 43% de aproveitamento no fundamento. Arina Federovteva também fez 9 pontos, com 43% de aproveitamento no ataque.
Antes do jogo, houve um minuto de silêncio em respeito à morte da jovem atleta italiana Julia Ituma, de apenas 18 anos, que caiu da janela do hotel em que estava hospedada como seu time, o Novara, na Turquia, depois do jogo da outra semifinal da Champions.
O Vakifbank levantou a taça da Liga dos Campeões da Europa nas edições de 2010/11, 2012/13, 2016/17, 2017/18 e 2021/22. O Fenerbahce foi campeão em 2011/12, sob o comando do técnico José Roberto Guimarães e com a central Fabiana, bicampeã olímpica, hoje no Osasco. O Eczacibasi, da oposta sérvia Tijana Boskovic, foi campeão em 2014/15.
O início do jogo foi muito parecido com o roteiro da primeira partida das semifinais: Fener massacrando e abrindo vantagem. Aos poucos, no entanto, o Vakif foi equilibrando a virada de bola, principalmente com Gabi. A virada das atuais campeãs europeias no placar aconteceu na reta final do set. Egonu chegou a errar dois ataques seguidos, deixando o jogo igual. Mas, o Fener não aproveitou o momento e saiu atrás: 25 a 22 para o Vakif.
Na segunda parcial, um verdadeiro atropelo do Vakif. O Fenerbahce errou demais em todos os fundamentos e levou um passeio. Terzic chegou a tentar uma inversão do 5-1, mas a falta de confiança de todo o time era nítida. Sem muito esforço, o time do técnico Giovane Guidetti foi abrindo frente e, massacrando o rival no saque, buscando principalmente Ana Cristina.
A tônica se repetiu no terceiro set: o Vakifbank seguiu sacando muito bem, tentando tirar o passe das mãos da Macris. Apenas a oposta cubana naturalizada turca Melissa Vargas conseguia. Ana Cristina, bem marcada, virou bem algumas bolas, mas também foi amortecida algumas vezes. Nos contra-ataques, o Vakif não perdoava. Jogou praticamente o tempo todo com o passe na mão, ignorando o bloqueio do Fener. Com 25 a 22 no placar, o time amarelo e preto fechou o terceiro set por 25 a 22, devolvendo a derrota do primeiro confronto.
No intervalo antes do goden set, a torcida do Fenerbahce se animou na arquibancada, entendendo que o time precisava de apoio e de reagir diante de um Vakifbank muito determinado e taticamente aplicado. As donas da casa abriram 2 a 0, mas não sustentaram o início de reação. Com um sistema bloqueio-defesa muito bem montado, dificultou o side out do Fener e virou para 4 a 2, obrigando Terzic a pedir já o primeiro tempo.