Julio Velasco ainda não estreou como técnico da seleção italiana feminina de vôlei. Mas já deixou bem clara uma posição para o ano olímpico: a titular na saída de rede será Paola Egonu. A declaração foi dada em uma entrevista ao jornal Il Messaggero.

– Egonu é titular, Antropova é reserva. Egonu é muito forte, tem uma potência física enorme e é muito importante na sua função no mundo, como Haak, Boskovic e Vargas – disse Velasco.

Egonu ficou fora de parte da temporada de seleções do ano passado. Inicialmente perdeu a titularidade para Ekaterina Antropova, liberada a atuar pela Azzurra após cumprir os trâmites da naturalização, em uma decisão polêmica de Davide Mazzanti. Na sequência, Egonu ficou fora do Pré-Olímpico. Publicamente, um pedido para descansar. Mas ficou claro o rompimento com o ex-treinador da Itália. A seleção não se garantiu em Paris-2024, terá de se garantir na próxima Liga das Nações e Mazzanti perdeu o emprego.

Velasco ainda descartou a dupla junta, com Egonu na saída e Antropova na ponta. Na Turquia, o esquema com Vargas e Karakurt deu certo na última temporada.

– Isto não significa que Antropova não terá as suas oportunidades, também porque antes dos Jogos Olímpicos haverá uma Liga das Nações. Ela é jovem e tem o mundo pela frente.

Argentino de nascimento, o técnico ainda usou uma comparação com o futebol para não colocar toda a responsabilidade de um sucesso da Itália nos ombros de Egonu.

– Não devemos então ficar dependentes da Egonu. Um jogador sozinho não pode vencer, é preciso um time em torno dele. Nasci na Argentina e penso nisso: não é verdade que Maradona venceu sozinho a Copa do Mundo de 1986, assim como o Messi não venceu a última Copa sozinho Messi.