Ginásio lotado, muito carinho do torcedor, retorno de Thaísa após cinco anos e vitória. Foi um enredo especial para a Seleção Brasileira feminina na estreia na segunda semana da Liga das Nações (VNL). Em Brasília, triunfo sobre a Coreia do Sul por 3 sets a 0, parciais de 31-29, 25-16 e 25-16.
Foi o quarto resultado positivo em cinco jogos do Brasil na edição de 2023 da VNL, mantendo o time de José Roberto Guimarães entre as primeiros colocadas. Já as sul-coreanas ainda não sabem o que é vencer um mísero set.
Com um clima mais do que especial nesta noite no Nilson Nelson, Thaísa foi protagonista antes, durante e depois. A volta da bicampeã olímpica fez o ginásio explodir na entrada em quadra para o aquecimento, no anúncio das titulares e logo no primeiro ponto brasileiro. A central foi acionada por Macris e cravou. Ainda na difícil primeira parcial, a bicampeã olímpica foi a maior pontuadora da Seleção, com seis acertos, ao lado de Julia Bergmann. Prova de que o Brasil tem uma nova bola de segurança, agora pelo meio. No total, Thaísa colaborou com 11 pontos.
A ponteira também teve seus momentos de protagonismo. Foram dela os últimos pontos do set de abertura, fazendo a tensão do ginásio se transformar em euforia, desafogando o time. Ao fim do confronto, Julia Bergmann liderou o time na pontuação, com 15 acertos.
José Roberto Guimarães mudou o time no segundo set, com Kisy entrando no lugar de Lorenne. A titular diante da Coreia do Sul teve muita dificuldade na virada de bola, pontuando em duas de dez tentativas. O ataque melhorou com a canhota (15 pontos, com 56% de aproveitamento). O bloqueio também se fez mais presente, corrigindo uma falha do início da partida, quando as sul-coreanas abusaram do alcance verde-amarelo para explorar e pontuar. A destacar ainda o crescimento do volume de jogo, algo que Zé Roberto exige como diferencial desde sempre na Seleção.
Aos poucos, o esperado domínio brasileiro aconteceu. E a construção da vitória foi bem mais tranquila. Daqui para frente, em Brasília, as dificuldades serão maiores diante de Sérvia, Alemanha e Estados Unidos. Mas nada que diminua a confiança do vôleifã.