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VNL: metodologia diferente “derruba” percentuais de passe

Entenda o motivo de a metodologia usada na VNL para definir o sucessos na recepção é tão diferente de outras competições de vôlei
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Uma diferente forma de medir o “sucesso” nas estatísticas de recepção explica o abismo entre o percentual de acerto dos atletas no fundamento na Liga das Nações (VNL) em comparação com outras competições do calendário internacional do vôlei.

Isso ajuda a explicar o motivo de os destaques no ranking de passe na VNL de 2025, tanto no naipe masculino quanto no feminino, raramente chegarem a 40%. Percentual bem diferente dos 60% ou mais costumeiramente vistos nos principais campeonatos nacionais de clubes.

Na VNL, o “sucesso” é válido somente com os passes perfeitos, o famoso passe A. No Brasil e em muitas ligas mundo afora, o percentual de passes perfeitos inclui os positivos, que são os A e os B. E assim a diferença entre as métricas se acentua.

Um exemplo para ajudar o entendimento. Durante a segunda etapa da VNL masculina, o líbero Maique teve sete passes perfeitos (A) e oito positivos (B) em 24 ações diante da China, de acordo com Felipe Lima, analista de desempenho do Brasil. Na estatística da Liga das Nações, isso representou 29% de sucesso. Na Superliga, ele apareceria com 63% de aproveitamento.

No ranking dos melhores passadores da VNL masculina, Maique aparece na oitava colocação com 42 passes perfeitos. A FIVB considera o número absoluto para determinar a posição. Já o “percentual de sucesso” do líbero brasileiro é de 28,57% após 147 ações.

No feminino, Julia Bergmann está em quarto lugar, com 49 passes perfeitos. Já o percentual de sucesso da ponteira é de 27,22% em 180 ações.

 

Tags: Liga das NaçõesVNL

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