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Vôlei de praia: Filha de Giovane e sobrinha de Ana Richa em ação

Giulia Gávio, filha de Giovane, e Maria Clara Richa, sobrinha de Ana Richa, atrações da 2ª etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia
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A segunda etapa da temporada 20/21 do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia Open, que acontece na próxima semana, entre quinta-feira e domingo, será especial para duas representantes da nova geração. Com o DNA do vôlei no sangue, Giulia Gávio, filha do bicampeão olímpico Giovane Gávio, e Maria Clara Richa, sobrinha da atleta olímpica e medalhista pan-americana Ana Richa, viverão estreias diferentes na competição.

Giulia Gávio, 23 anos, disputará seu primeiro torneio no vôlei de praia, esporte para o qual migrou no final do ano passado, após anos no voleibol de quadra, onde atuou pelo Flamengo, universidades norte-americanas e chegou a ser convocada para seleções de base. Iniciando a caminhada nas areias, ela disputará o qualifying (classificatório) em busca de uma vaga no torneio principal da elite nacional.

– Tive uma lesão bem grave alguns anos atrás, rompi os ligamentos do joelho, e passei por um período longo de reabilitação para retornar. Mas voltei com muito receio, me sentia ‘travada’ jogando, sem o mesmo rendimento. Conversei com meu pai, disse que estava triste, pois amo vôlei e não estava pronta para deixar de jogar. Ele sugeriu que o vôlei de praia poderia ser um bom caminho para mim, pelo menor impacto. Foi quando decidi a me dedicar 100% ao vôlei de praia no início deste ano. Na quarentena assisti vídeos, fiz um intensivo para tentar fazer essa transição da melhor forma, pois são esportes totalmente diferentes. Cada treino, vejo a evolução e fico mais animada e apaixonada – disse Giulia.

Giulia atua com a também carioca Luana Rezende e treina no centro de treinamento do técnico Renato França, da dupla Talita/Carol Solberg (AL/RJ). A influência familiar e o incentivo para o vôlei de praia não se resumem ao pai Giovane, que na reta final da quarentena, também atuou como treinador, como explica Giulia.

– Ser treinada pelo meu pai sempre foi um sonho, mas nunca tinha sido possível até agora. Foram dois meses treinando com ele, que também fez essa mudança da quadra para a praia, então entendia o que eu estava passando. Me deu dicas muito boas. Sei que a estrada é muito longa, que preciso ganhar experiência, mas tenho muita vontade de crescer. Além do meu pai, minha prima, Carol Ferraris, também é atleta do vôlei de praia, já roda o circuito brasileiro e treina comigo todos os dias. E minha tia, Giseli, também foi atleta de quadra e praia. É ótimo ter esse apoio familiar, conseguir aproveitar um pouco da experiência. O impacto de mudar de esporte foi mais tranquilo por conta disso – destacou.

Para chegar à fase de grupos, Giulia e Luana Rezende terão que vencer três partidas eliminatórias diretas na próxima quinta-feira, pelo qualifying. Se tiverem sucesso, se juntam aos outros 16 times que já estão garantidos pelo ranking de entradas na fase principal da competição, com 20 duplas, que começa na sexta-feira.

Próximo degrau

Se Giulia ainda está começando a caminhada no vôlei de praia, em busca dos primeiros pontos no ranking, outra jovem carioca terá uma estreia diferente. Maria Clara Richa, 20 anos, sobrinha da atleta olímpica no vôlei de quadra e medalhista pan-americana no vôlei de praia, Ana Richa, pela primeira vez estará no torneio principal do Circuito Brasileiro.

– Ter na família uma atleta olímpica é muito especial. Minha tia é sem dúvidas uma grande inspiração. Pelo que sempre ouço falar, ela foi um exemplo de disciplina e dedicação, tento seguir essa mesma linha de trabalho. Mas espero conseguir escrever minha própria história e honrar, assim como ela, o nome da família – disse.

Maria Clara Richa (à esquerda) em ação com a parceira Juliana Simões (Divulgação)

Atuando desde o início desta temporada ao lado da paranaense Juliana Simões, Cacá Richa, como é mais conhecida, contou a expectativa para estar pela primeira vez entre as 16 melhores do ranking e o apoio que a parceira mais experiente tem oferecido.

– Ter a oportunidade de jogar pela primeira vez no torneio principal foi uma grande conquista. Fico muito feliz de poder estar entre times que admiro tanto e ainda mais motivada a continuar trabalhando firme. Jogar dentro do ranking é sem dúvidas um desafio ainda maior, mas espero conseguir dar meu melhor em quadra, colocando em prática tudo que venho treinando ao lado da equipe. Para mim, que estou começando no vôlei de praia, é muito enriquecedor ter ao lado alguém que já tem uma bagagem nas costas. A Juliana Simões, além de muito boa de bola, é uma menina extremamente dedicada e motivada. Venho aprendendo muito todos os dias com ela – declarou.

A segunda etapa da temporada 2020/2021 começará com o torneio feminino, que será realizado entre os dias 15 e 18 de outubro. Na semana seguinte, entre 22 e 25 de outubro, ocorrerá o torneio masculino. As etapas foram divididas em semanas diferentes para reduzir a circulação de pessoas dentro do Centro de Desenvolvimento de Voleibol, aumentando a segurança nos protocolos de prevenção ao coronavírus.

Os jogos da segunda etapa serão exibidos pelo site voleidepraiatv.cbv.com.br, pela página oficial da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) no YouTube e, a partir das semifinais, com exclusividade pelo canal SporTV.

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