Vila Nova e Vôlei Futuro Assaí estão se enfrentando, na noite desta segunda-feira, pela fase classificatória da Superliga B de Vôlei Masculino, em um ginásio sem nenhuma estrutura, com placas de publicidade a menos de 2 metros da linha lateral da quadra e pessoas circulando no local sem o menor cuidado com os protocolos de prevenção do covid 19.
Ontem e hoje, representantes do time de Araçatuba entraram em contato com o Web Vôlei informando que não tiveram acesso ao ginásio do jogo, como manda o regulamento. Segundo o estatuto da Superliga B, o time visitante tem de ceder o ginásio do jogo para um treino na véspera da partida (no mesmo horário do confronto) e outro pela manhã, se assim for combinado entre as duas partes.
Por causa do toque de recolher em Goiânia e das restrições impostas pela prefeitura na cidade por conta da pandemia – um decreto impede qualquer tipo de acesso ao ginásio do do confronto. O Vôlei Futuro chegou a sugerir a inversão domando de quadra, inclusive pagando as despesas do adversário, mas o Vila Nova não aceitou.
– É uma situação que nunca passamos. Estamos vivendo um momento único. Todas as rodadas anteriores aconteceram normalmente, mas agora tivemos de enfrentar essa nova restrição – disse Neilton Carlos Santos, técnico do Vila Nova, em entrevista ao jornalista Daniel Ottoni, do Jornal O Tempo.
O Vôlei Futuro disse, no entanto, que o time da casa treinou no ginásio. Somente o treino do time paulista foi cancelado.
– Hoje pela manhã falaram que não seria mais possível em virtude dos decretos. Mas, eles treinaram nestes últimos dias, mesmo sem autorização. É uma irresponsabilidade, pois deveriam ter mudado o mando de jogo, como se faz normalmente. São atitudes premeditadas e histórias que não batem. Viajamos o dia todo e agora, além de não ser possível treina, talvez não tenha jogo. É muita falta de profissionalismo, algo revoltante – disse Luiz Henrique Reis, presidente do Vôlei Futuro, ainda na reportagem de O Tempo.
O Vôlei Futuro denuncia também que, segundo o regulamento, 80% dos jogadores da Superliga B têm de, obrigatoriamente, ter disputado a Superliga C o que, de acordo com o time paulista, não acontece no Vila Nova.
– A diretoria do Vôlei Futuro questiona ainda a legalidade do Vila Nova em disputar a Superliga B, uma vez que, de acordo com as regras, as equipes devem ter ao menos 80% dos jogadores que disputaram a Superliga C -, disse a diretoria do time de Araçatuba, por meio de um comunicado.
A CBV ainda não se manifestou sobre o assunto.
– A direção do Vôlei Futuro entrou em contato com a CBV para expor o desrespeito e descaso do Vila Nova e defender que, devido à suposta indisponibilidade de treino, seja punida e se necessário decretar W. O. e vitória para a equipe paulista. O Vôlei Futuro aguarda o retorno e posicionamento da CBV, para que as providências sejam tomadas e a ordem do campeonato seja prontamente restabelecida – completou o documento.