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Vôlei Futuro: retomada, planos e chance de um time feminino

Ex-jogador e agora técnico da equipe masculina do Vôlei Futuro, Dentinho fala sobre a volta do projeto e os planos
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A volta das atividades do Vôlei Futuro, em Araçatuba, é uma das melhores notícias do início da temporada 2020/2021 no Brasil. A retomada do time masculino já foi confirmada, com presença garantida na Superliga C. em busca de duas vagas na disputa da segunda divisão nacional.

Para isso, o ex-ponteiro Rafael Fantim, o Dentinho, foi contratado para ser o treinador. Com passagem como jogador pelo Vôlei Futuro, ele conhece bem o projeto e a paixão do torcedor. Nesta entrevista, ele falou ao Web Vôlei sobre o planejamento para o retorno às atividades.

Você passou pelo projeto do Vôlei Futuro como jogador. Dá uma sensação especial ser o comandante neste retorno em 2020?

Sim, tem uma sensação diferente. É a primeira vez que estou assumindo essa responsabilidade de técnico de uma equipe. Por mais que a gente tenha experiência dentro de quadra, fora é um cenário diferente. Mas eu me sinto preparado. Mas a sensação é muito especial, porque tenho certeza de que toda a cidade de Araçatuba, a diretoria e os atletas vão estar juntos nessa minha retomada, me apoiando também. Estou muito tranquilo em relação a isso e com uma sensação muito boa.

O que pode falar sobre o projeto? É algo para médio e longo prazo ou o planejamento é para um horizonte mais curto neste início?

Eu acredito, conversando com a diretoria, que seja um projeto a longo prazo. Essa retomada do Vôlei Futuro pela Superliga C já vem sendo trabalhada há algum tempo. Os planejamentos da CBV passam por algumas decisões que precisam ser tomadas agora. Se a gente não se inscrever agora, o Vôlei Futuro só participará de alguma competição nacional novamente em agosto de 2021. Já participando deste ano, a gente entra na disputa de uma vaga na Superliga B já no início de 2021, então daqui a seis meses, né. Então pode ser um calendário cheio, mas ele passa pela participação da Superliga C já em setembro de 2020. Eu acredito que em termos de planejamento é isso que a diretoria está almejando. Em termos de projeto a longo prazo, é um modelo de gestão diferente daquele que o Vôlei Futuro tinha, com um patrocinador que era o gestor do projeto. Desta vez a gente tem gestores do projeto, eles estão em busca de patrocinadores, que é um caminho um pouquinho mais difícil, mas por outro lado existe uma isonomia em relação a decisões. Não entro no mérito de qual é melhor ou pior, mas só afirmo que é diferente a forma de gestão. E vejo que eles estão sim de olho na retomada daqui a alguns anos da Superliga principal. Isso passa, claro, pela estrutura financeira. Não tem como jogar uma Superliga principal sem investimentos maiores do que temos hoje. Acredito também que com o passar dos meses e o retorno de mídia que o Vôlei Futuro proporcionará, essa saída do momento de pandemia, as coisas vão, cada vez mais, facilitar esse processo. Por isso eu vejo com bons olhos o futuro do Vôlei Futuro.

Pelo calendário da CBV, a Superliga C acontecerá dentro de pouco mais de um mês? É pouco tempo para montar e treinar um time, não?

Em relação ao calendário da CBV, montagem de treinos e time, é extremamente  curto o prazo. A previsão da competição é na metade de setembro, entre metade e final, segunda quinzena de setembro. Teremos um mês de treinamentos, se tudo ocorrer de forma ágil. É pouco tempo, mas é o que a gente tem. A maioria das equipes, até onde eu tenho informações, também vai passar por essa dificuldade. É uma ocasião do momento, por conta da pandemia. Muitas equipes estão há três, quatro meses sem treinar. A gente está em busca de atletas que tiveram a consciência de, nesse período, se manter fisicamente, porque a gente sabe que isso vai facilitar o nosso trabalho. Mas sem dúvida é um momento que realmente não é o ideal para montar a equipe. É o que a gente tem.

É certo que Araçatuba tentará ser a sede da competição?

Até onde eu sei, a diretoria iria solicitar essa intenção de ser sede, mas a gente sabe que tem outras cidades que querem sediar. Ainda não dá para confiar que vai ser em Araçatuba ou não. Mas a diretoria tem interesse em levar a sede para Araçatuba.

O que você já pode falar sobre montagem da comissão técnica e do elenco?

O auxiliar técnico vai ser o Marcão (Marcos Coraça) que já está no projeto sendo técnico das categorias de base. Alguns atletas virão das categorias de base, que já vinha fazendo um trabalho no Vôlei Futuro. E tem alguns jogadores pontuais que vamos ter de trazer, atletas com mais experiência, levando em conta a questão da preparação física. O preparador físico e demais integrantes da comissão ainda estamos ajustando, mas serão pessoas ligadas ao projeto. Até o final do mês de agosto já devemos ter um perfil do elenco e devemos iniciar os trabalhos.

Nota da redação: O Vôlei Futuro já acertou a contratação do levantador Chris Bosnich, dos pontas Alex Oliveira e Alan e do oposto João Ricardo.

Existe ideia de voltar também com um time feminino?

No momento eu também não sou a melhor pessoa para responder sobre isso. Talvez a diretoria possa esclarecer mais. Mas, dentro da minha conversa com eles, sempre foi falado da intenção de ter uma equipe feminina, pelas boas lembranças que a equipe feminina deixou em Araçatuba. Porém, em algum momento antes a gente precisa transformar isso, mostrar para os investidores que é viável, que a cidade abrace o projeto. De acordo com os investimentos que virão, acredito que não haverá problema nenhum a retomada de uma equipe feminina. Acho que seria bem característico do projeto. Não haveria problema nenhum.

Deixe uma mensagem para o torcedor

A mensagem para o torcedor de Araçatuba do Vôlei Futuro é que logo logo estaremos agitando novamente a cidade, representando com bastante hombridade, com muita garra, que foram as marcas do Vôlei Futuro em todo o momento e agora não será diferente. Vamos disputar a Superliga com o nosso melhor, com todas as dificuldades e percalços que a gente sabe que vai acontecer. Mas não vamos baixar a guarda. Vamos buscar a vaga para a Superliga B. Mas também a gente sabe que isso passa pela montagem de elenco de outras equipes também.

Tags: Vôlei Futuro

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