O vôlei é o esporte preferido das mulheres brasileiras e o segundo geral, de acordo com estudo da Sports Value, empresa especializada em marketing esportivo, branding, patrocínios/ativações, avaliação de marcas e de propriedades esportivas, ao qual o Web Vôlei teve acesso. Se considerado o público masculino e feminino, o futebol lidera a lista dos favoritos.
Os dados confirmam a consolidação de um público fiel do vôlei, ao mesmo tempo em que revela o baixo aproveitamento do retorno comercial com a modalidade. O mesmo estudo mostra que a busca por vôlei no Google é quatro vezes menor que a por basquete, esporte que já tem uma indústria consolidada, principalmente com a NBA.
– Acho que esse é o desafio do vôlei. Existe uma audiência construída, mas não há produtos, não há consumo efetivo. É baixo o retorno comercial do vôlei. Existe apenas o institucional de marca – afirma Amir Somoggi, sócio da Sports Value.
Para ele, é preciso aproveitar a ligação do torcedor com os atletas de ponta e, assim, aproveitar o embalo dos resultados do vôlei brasileiro, que se mantém na elite mundial tanto no masculino quanto no feminino.
– O desafio do vôlei é o culto ao ídolo, porque no futebol, ainda que no Brasil a gente seja carente, 70% dos jovens gostam de times europeus. Então, é o ídolo que motiva o fã. Muita coisa pode ser feita nas redes sociais dos jogadores e jogadoras, entregando para o patrocinador e monetizando o time, com os ídolos trabalhando em prol de um projeto – afirma o especialista.
O estudo também mostra que o vôlei não aparece entre os dez esportes ou segmentos esportivos com mais crescimento de vendas de produtos na internet. O ranking é liderado pelo ciclismo, seguido por squash, equipamentos/acessórios, yoga/pilates, corrida, basquete, camisas de futebol, tênis, natação e chuteira. Na avaliação de Somoggi, existe um grande potencial a ser explorado nas quadras.
– A mulher dá muita audiência ao vôlei, mais do que ao futebol. É preciso não apenas colocar uma placa da Riachuelo ou ter a Intimus, o que já está acontecendo e é muito bom, mas principalmente fazer a torcedora se sentir parte do business, como acontece no futebol com o torcedor – avalia Somoggi.