– Senti um caroço na região lateral da mama do lado direito. Preocupada, procurei imediatamente ajuda médica, que rapidamente solicitou exames para descobrir o que estava acontecendo. Após uma intensa bateria de exames, foi constatado, na ressonância com contraste, um câncer de mama.
A história de Fabiana Daniel Fahl, de 48 anos, aconteceu no começo de 2020, antes mesmo da pandemia do novo coronavírus, mas é a mesma de milhões de brasileiras que todos os anos são diagnosticadas com a doença. Durante todo tratamento, porém, Fabiana teve um apoio nas horas mais difíceis: a paixão pelo vôlei e pelo Vôlei Renata.
Após fazer a cirurgia para retirar o nódulo no seio, Fabiana começou a lutar para superar a doença. Foram 16 sessões de quimioterapia e dois meses de radioterapia. Além do apoio dos familiares, ela teve nos jogos do Vôlei Renata um momento de suporte para esquecer as dores do tratamento e se inspirar na batalha do dia-dia.
– A princípio, fiquei muito desapontada em não poder ir aos jogos, mas com a iniciativa dos meus filhos, meu marido e a autorização médica, mesmo estando “indisposta” e por ser fanática pelo Vôlei Renata, compareci em algumas partidas. No final do tratamento, não estava me sentindo bem para ir ao ginásio, mas acompanhava pela TV e meus filhos me representavam enquanto meu marido cuidava de mim – relembra Fabiana.
Depois de mais de três meses de tratamento veio a alta e, com ela, a possibilidade de voltar a frequentar o Ginásio do Taquaral. O que a torcedora não esperava, contudo, fosse ter recebido o carinho dos jogadores do Vôlei Renata, em especial, do central Michel, que sentiu a falta da torcedora nos meses que ela esteve fora.
– Voltar a ver os jogos no ginásio foi uma das melhores sensações que tive na vida. Temos o costume de tirar fotos com os jogadores após os jogos, principalmente, com o Michel e Vaccari. Numa dessas dessas fotos, o Michel me perguntou se estava tudo bem, pois ele percebeu que não estávamos em família no ginásio como de costume e também perguntou se já estava tudo em ordem com tratamento, me desejou sorte e ficou feliz de me ver de volta ao ginásio. Fiquei muito feliz e emocionada, pois não esperava esse carinho comigo – diz a torcedora do Vôlei Renata.
Há algumas temporadas, o Vôlei Renata usa a exposição no uniforme para conscientizar sobre a prevenção e o combate, em parceria com a Unimed Campinas. Durante todo mês de outubro, os líberos atuam com um uniforme rosa em alusão ao Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização para o controle da doença. O uniforme, inclusive, foi usado no título inédito do Campeonato Paulista.
Ainda, durante o mês de outubro, os embaixadores do Vôlei Renata, Maurício e André Heller, visitaram o Centro de Quimioterapia Ambulatorial (CQA) e o Centro de Infusão de Sumaré (SIS), ambos da Unimed Campinas. A dupla levou carinho aos pacientes que lutam contra o câncer.
– Ficamos felizes em realizar ações deste tipo. O esporte de alto rendimento também pode passar mensagens de bem estar, abrir os olhos das pessoas e contribuir para uma sociedade melhor – comenta André Heller, coordenador técnico do Vôlei Renata.
– Esse tipo de ação é uma sensação de carinho e sentimento de preocupação com as mulheres para lembrá-las da importância de se fazer os exames de prevenção do câncer de mama. Não só em Outubro, mas durante os 365 dias do ano – encerra Fabiana.