A noite de quinta-feira (6/4) ficou marcada negativamente pelas duas interrupções na partida entre Vôlei Renata e Farma Conde/São José, no Ginásio do Taquaral, em Campinas, após falhas na iluminação. A primeira dela deixou a partida válida pelas quartas de final da Superliga masculina parada por cerca de 20 minutos. Na segunda, entre o terceiro e quarto sets, a paralisação foi ainda maior: 42 minutos.
Nesta sexta-feira, Fernando Maroni, gestor do Vôlei Renata, explicou o acontecido:
– Houve um problema elétrico, uma sobrecarga, que desarmou, em um primeiro momento, o disjuntores de uma parte da energia da quadra. Isso fez com que as lâmpadas se desligassem. Elas, infelizmente, não são de LED. O ginásio é municipal e para poder fazer qualquer intervenção é preciso uma série de processos burocráticos. Eles estão em curso. O Taquaral vai passar por uma reforma da parte elétrica e isso já vem sendo preparado há mais de dois anos, pois é um recurso público. Mas, infelizmente, ele é assim e quando a luz cai demora cerca de 20 minutos para as lâmpadas poderem esfriar e acender. Isso foi o primeiro momento da queda. No segundo momento, de novo, foi uma sobrecarga, mas ela desligou uma das fases da energia do ginásio. São três e uma das fases caiu. Tínhamos um eletricista no ginásio, mas ele não conseguiu restabelecer essa fase, então por isso ficou a meia luz, vamos dizer assim. Naquele momento pedimos a vinda de quem cuida de uma estrutura mais parruda, mas vocês imaginam, às 11h e pouco da noite, numa quinta-feira, véspera de um feriado, arrumar uma manutenção mais parruda… Então a gente teve que fazer naquelas condições que a gente lamenta, concluir um jogo sem a luz ideal para os atletas poderem performar. Naturalmente a gente vai tomar as providências para entender o que ocasionou isso. É importante dizer que não havia nenhum equipamento além dos que comumente ligados no Taquaral ontem. A estrutura era exatamente a mesma de todos os jogos feitos na Superliga, todos os jogos transmitidos pela televisão. Lamentavelmente, um pouco de Lei de Murphy, de ter acontecido ontem, ao vivo, com jogo em andamento, sem tempo técnico para entender o que estava acontecendo. Não foi falta de gerador, não foi falta de energia na rua. Foi um problema do circuito elétrico do ginásio, infelizmente – explicou Maroni.
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), por intermédio de uma nota oficial, lamentou o ocorrido, garantindo que o caso será levado para julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após recebimento da súmula.
“O regulamento da competição exige que a equipe mandante tenha dois geradores de energia em condições de uso exatamente para que problemas de queda de energia não prejudiquem o andamento das partidas. A falta do equipamento configura infração do regulamento. Portanto, como compete à CBV, o relatório da partida será encaminhado ao STJD, órgão independente que avaliará os fatos e aplicará as penalidades cabíveis. Representantes da CBV – incluindo o delegado da partida – estavam presentes no ginásio exatamente pelo grau de importância do confronto, e acompanharam todo o ocorrido. A CBV lamenta profundamente o episódio, que gerou consequências negativas para todos os envolvidos: equipes, torcedores que estavam no ginásio ou acompanhando a partida pela televisão, e para a própria imagem da Superliga”, escreveu a CBV.