O Vôlei Renata escreverá um capítulo importante em sua história nesta quarta-feira (7/12). O time fará a estreia no Campeonato Mundial de Clubes, diante do Sada Cruzeiro, às 21 horas, no Ginásio Divino Braga, em Betim, disputando um torneio intercontinental pela primeira vez.
O projeto garantiu lugar entre os principais do mundo ao terminar na terceira posição do Sul-Americano de 2022, disputado em março deste ano em Contagem. Foi o primeiro torneio internacional disputado desde a fundação, em maio de 2010.
– Uma semana que a gente vai competir, que vamos buscar vitórias. O objetivo está bem claro. Sabemos das dificuldades, mas queremos passar de fase, jogar uma semifinal. Depois, voltaremos para buscar mais uma vitória – comenta o técnico Horacio Dileo.
– Desde o Campeonato Paulista, cada jogo que planejamos, planejamos como uma final. Isto é o vôlei brasileiro. Não tem jogo fácil, tem que estar 100% sempre para poder ganhar e isso vamos encontrar no Mundial. Temos que entrar focados e concentrados em dar nosso melhor do começo ao fim. Primeiro temos o Sada, depois o Perugia, que conhecemos por vídeo, mas nunca jogamos contra, mas temos que estar ligados o tempo todo. O ritmo de jogo na Europa, sobretudo, na Itália é acima da média, especialmente no saque. O Sada também tem essa característica de jogar com pressão no saque, então serão jogos que exigirão muito de nós – acrescenta.
O Vôlei Renata tem no seu elenco selecionáveis, com jogos realizados neste nível, caso do ponteiro Adriano, de 20 anos, e do oposto Felipe Roque, de 25 anos. Recentemente, a dupla conquistou a medalha de bronze com a Seleção Brasileira no Mundial disputado na Polônia e na Eslovênia.
– É uma grande conquista participar de uma competição tão importante nesse momento da minha carreira, estou tendo a oportunidade de participar e conhecer o voleibol internacional novamente. É sempre um desafio, enfrentar grandes ídolos, grandes atletas, que eu me inspiro. E eu espero dar meu melhor e seguir evoluindo, tanto eu, como toda a equipe – diz o ponteiro Adriano.
– Fiz parte da conquista do bronze com a seleção entrando em alguns momentos, mas no Mundial de Clubes vou estar realmente em quadra ajudando a equipe com tudo que posso. Vai ser uma experiência incrível para todos nós – acrescente Roque, que estava no elenco do Funvic/Natal no último torneio intercontinental. Ele, no entanto, não entrou em quadra por estar se recuperando de lesão.
Outros dois atletas do elenco do Vôlei Renata disputaram o Mundial de Clubes: os argentinos Demian Gonzalez e Nicolás Lazo. Eles disputaram o torneio em 2014 e 2015 pela UPCN, da Argentina, conquistando uma medalha de bronze. O levantador Gonzalez é o jogador mais experiente do elenco campineiro, com 39 anos. Além de inúmeras conquistas em seu país de origem, também esteve com a Seleção Argentina nos Jogos Olímpicos Rio-2016.
– Disputamos dois anos consecutivos, conquistando uma medalha de bronze, que, para nós, foi como uma de ouro. Éramos um time muito bem montado, mas era uma loucura pensar que poderíamos chegar no pódio com tantos times fortes. Tinham times italianos, russos e um do Qatar, que reunia os principais jogadores de outros países. Foi uma experiência incrível – relembra.