O Vôlei Renata recebe o Joinville nesta quarta-feira (4/12), às 20h, no Ginásio do Taquaral, em Campinas (SP), pela oitava rodada da Superliga 2024/2025. O duelo terá transmissão do Canal Vôlei Brasil, de graça, pelo Youtube, e o time comandado por Horacio Dileo se apega aos treinos e estudos dos últimos dias para fazer bonito diante do torcedor e do espectador.
Desde a vitória do Vôlei Renata sobre o Sada Cruzeiro por 3 sets a 2, no último sábado (30/11), Dileo, a comissão técnica e os jogadores da equipe paulista intensificaram a rotina de treinos e estudos dos adversários, com base em vídeos, análises, informações, estatísticas e folhas marcadas com anotações. Tudo para tentar extrair o melhor de cada atleta e encontrar caminhos para superar o adversário.
– É sempre gratificante receber uma devolução ou ‘elogio’ de um atleta com quem a gente trabalha. Nós estudamos todos os rivais do mesmo jeito, não tem um rival mais importante que outro para nós. Temos um protocolo de estudo. O Ori faz uma parte, Pirata faz outra parte, Vini, o técnico do sub-21, tem sua responsabilidade também e até o nosso preparador físico, João, ajuda com esse estudo. Eu faço minha parte, que é tomar todas as decisões finais do que tem de ser feito, é a minha responsabilidade, não posso colocar essa responsabilidade neles – comenta Horacio Dileo.
O Vôlei Renata entra em quadra embalado por duas vitórias seguidas e em quarto lugar, com 13 pontos em cinco partidas. Os ingressos para a partida foram esgotados em menos de 30 minutos e o Vôlei Renata terá casa cheia para o confronto contra o Joinville.
– O jogo contra o Joinville é mais um jogo difícil para a gente superar. Um time que tem muitas peças, bons jogadores dentro e fora da quadra, tem uma CT comandada por Rubinho, muito muito boa. Tenho um carinho muito especial e profissional por Rubinho, respeito muito seu trabalho e vamos ter de fazer nosso melhor se quisermos sair com a vitória – encerra Dileo.
Os profissionais por trás dos estudos do Vôlei Renata
Já o Joinville aparece na nona colocação, com nove pontos, três vitórias e quatro derrotas. A equipe catarinense vem de vitória sobre o Guarulhos por 3 sets a 0 na rodada passada.
– Assim que acaba o jogo, a comissão vê o vídeo e começa a bater com os estudos feitos para notar o que deu certo ou errado e já iniciar a preparação para o próximo jogo. Eu faço as análises, coleto todos os dados possíveis do outro time, organizo em relatórios e passo para uma linguagem que facilite os estudos. Depois, a gente se reúne e define qual estratégia vai adotar e como passar para os jogadores. É um trabalho em conjunto – revela o analista de desempenho do Vôlei Renata, Felipe Lima, o Ori.
É Felipe quem dá start na preparação para o estudo do adversário. Com vídeos em mãos, ele seleciona todas as informações do time que vai jogar contra o Vôlei Renata (incidência de bolas no ataque e saque, direcionamento, frequência do levantador). A partir disto, o técnico Horacio Dileo e seu assistente, Fernando Martins, o Pirata, definem a estratégia de jogo. Depois, tudo é compilado em vídeos, que são exibidos para os atletas.
– Os jogadores são os protagonistas. Ali durante o jogo, com toda a adrenalina, é natural que algumas coisas passem batido. Por isto, tentamos relembrar os atletas de situações específicas que podem ajudar o time dentro de quadra, tanto relembrando o que fizemos no treinamento, quanto de mostrar um olhar de fora de como está o jogo – comenta Fernando Martins, o Pirata, que também usa a experiência dos tempos de jogador para tentar ajudar o time.
– Na Superliga, ninguém deixa de estudar e ninguém deixa de trabalhar e por isso, para mim, é uma das ligas mais importantes e difíceis do mundo. O trabalho da CT é dividido na parte profissional e na parte humana. Gosto de trabalhar com boas pessoas, com pessoas honestas, com pessoas leais. A lealdade não está em falar de si, mas sim de falar das coisas do jeito que elas têm de ser faladas, olhando um para a cara do outro. Somos unidos, responsáveis e alegres. Gostamos muito do nosso trabalho, de fazer o que a gente é apaixonado e o fazemos com muita felicidade, compartilhamos isso com nossos atletas e ter o feedback deles é muito bom. Isso não está ligado com derrota ou vitória – complementa Pirata.