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Vôlei Renata reforça “mente” da base durante a pandemia

Vôlei Renata coloca atletas das categorias de base em contato com coach, durante a pandemia, reforçando o trabalho mental
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O conceito de união foi ampliado com a pandemia do novo coronavírus, especialmente nas categorias de base do Vôlei Renata. Em diferentes estados, de suas casas, jovens das três categorias aproveitam a quarentena para construir e reforçar laços antes de começarem a entrar em quadra para jogar. Com auxílio da coach Larissa Zink e de membros da comissão técnica, os atletas usam o tempo livre para afinar a sintonia como time e como companheiros fora das quadras.

As categorias de base do Vôlei Renata tiveram todas atividades suspensas no dia 16 de março, ainda na fase de pré-temporada, seguindo recomendações das organizações de saúde municipal e estadual de evitar contato pessoal e aglomeração. Mesmo distantes, desde então, atletas e membros da comissão técnica criaram hábito de reuniões semanais para organizar atividades, comandadas pela coach Larissa Zink.

– Manter eles engajados e ativos nos processos de construção de equipe durante a quarentena é nosso objetivo. Este tipo de reunião é importante porque une o time. Eles se veem, conversam e mantém relação que teriam com as atividades normais, fazendo parte do momento importante que é a formação de um time – comentou a coach.

De casa, entre aulas à distância e atividades cotidianas, os jovens estão seguindo cronograma de treinos individualizados para estarem o mais preparado possível quando o retorno às atividades for autorizado. Por isto, o coaching tem procurado ajudar os jovens a cumprirem suas tarefas e manterem a rotina de exercícios e estudos.

– Temos trabalhado a questão de se manter ativo nas quarentenas. O estudo, por exemplo, é algo muito positivo, pois mantém eles ligados cognitivamente, com responsabilidades e horários. Todo mundo se deu lições da primeira sessão para as seguintes, de melhorar hábitos alimentares, ler mais, acordar mais cedo ou ficar menos nas redes sociais. A partir de então, eles vão fazer um diário para ver se atribuem mais interpretações negativas ou positivas para situações difíceis que eles tão vivendo no dia-dia. A ideia é contribuir para a formação deles não só dentro de quadra, mas também na vida – acrescentou Larissa.

Um dos maiores desafios enfrentados pelos jovens do Vôlei Renata durante a quarentena é a ansiedade. Sem saber quando voltam às quadras ou quando retomam as atividades normais, os garotos sentem na pele os problemas causados pela apreensão.

– Além da ansiedade, vemos um medo. ‘em qual condição vou voltar? será que vou estar bem?’. Ela pode se tornar algo positivo, no sentido de mobilização para conseguir voltar da melhor forma possível. Vamos trabalhar para isso, mas na faixa etária em que eles estão, de adolescência e começo da vida adulta, eles estão muito mais suscetíveis às emoções, por conta do próprio sistema nervoso. Os atletas já têm conexões do cérebro responsável pela inteligência emocional e precisam adquirir conexões com a área das emoções. Eles percebem o que estão sentindo, mas possuem dificuldade em gerenciar e até em ressignificar essa ansiedade – explicou Zink.

Nos encontros, entre todos os assuntos, as categorias abordam temas, dentro do coaching, para fazer um bom trabalho mental.
– Procuramos fazer com que eles entendam que a situação do mundo é neutra e somos nós que damos significados e a partir disso surgem nossos processos emocionais – concluiu a coach do Vôlei Renata.

Tags: Vôlei Renata

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