O oposto Wallace, 34 anos, 1,98m, usou as redes sociais, neste sábado, para se despedir oficialmente da Seleção Brasileira. Após a derrota para a Argentina, por 3 a 2, pela disputa do bronze, nos Jogos de Tóquio, há uma semana, ele já havia deixado a entender quer se despediria da Amarelinha, e não constou na convocação do técnico Renan dal Zotto para a disputar do Sul-Americano entre os dias 1 e 5 de setembro, em Brasília (DF). Mas, o comunicado oficial só aconteceu hoje.
Wallace disputou três olimpíadas – foi campeão nos Jogos do Rio-2016, como titular, e prata em Londres-2012. É também duas vezes vice-campeão mundial – 2014 e 2018. As duas derrotas foram para a Polônia na final.
“Passando aqui pra falar com vocês sobre o meu futuro, essa decisão que eu venho pensando há muito tempo, uma decisão muito difícil e complicada sobre a Seleção. Hoje eu deixo a Seleção Brasileira com aperto no coração, mas eu preciso me dedicar um pouco mais à minha família, pensar um pouco mais na minha carreira a longo prazo. Hoje eu oficialmente me despeço da seleção”, disse Walalce.
“Tive a honra de participar desses 11 anos de seleção e fico muito feliz. Agora começa uma nova fase. É voltar para o Sada/Cruzeiro depois de algum tempo. Passei 7 temporadas lá com eles. Voltar agora com gana de ganhar e foco total. Fazer de tudo para conquistar todos os títulos que a gente disputar. Isso nunca vai faltar da minha parte. Vocês podem esperar o Wallace de sempre, com garra, raça. Tenho a expectativa de uma grande temporada com o Sada”, completou o jogador, que depois que deixou o time mineiro defendeu o Sesc RJ por duas temporadas e atuou no vôlei turno na temporada passada.
“O que eu posso dizer é que o vôlei me deu tudo na vida, a família linda que eu tenho hoje. Devo tudo que eu tenho hoje ao voleibol e à Seleção Brasileira e acho que o mínimo que eu devo fazer é dar uma satisfação do porquê dessa decisão que estou tomando. Foram mais de 10 anos de seleção adulta me entregando 100por cento em todos os momentos, abdicando de muita coisa. Nem de longe eu imaginaria disputar 3 olimpíadas. O sonho de qualquer atleta é disputar uma olimpíada e ganhar uma medalha, sem dúvida. Eu fui beneficiado ou consegui conquistar essas três olimpíadas que eu consegui disputar”, disse Wallace.
“Em Tóquio foi duro, foi difícil, foi um grande desafio, tentamos de tudo, eu fiz o que eu pude e o que eu não pude, me doei 120 por cento para conseguir uma medalha, mas não veio dessa vez. A gente agradece muito a torcida de todos, mas acho que isso não pode apagar tudo o que a gente fez no passado, todas as conquistas que tivemos com a seleção. Isso não pode apagar. É ruim terminar o ciclo com a seleção dessa maneira, mas fica de aprendizado. A gente tentou fazer de todo o possível para tentar trazer ao menos o bronze. mas sei que o time se doou ao máximo e deixou tudo dentro de quadra. Muito obrigado para todo mundo que torceu, que sofreu. Obrigado de coração e a gente se encontra na Superliga”, finalizou o campeão olímpico.