A Alemanha foi a principal surpresa do Pré-Olímpico masculino de vôlei, ao garantir um lugar em Paris-2024 ficando à frente de Brasil, Itália, Cuba e Irã, na competição realizada no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O técnico polonês Michal Winiarski, em entrevista ao TVP Sport, revelou bastidores da campanha surpreendente.
Uma das revelações feitas por Winiarski foi em relação aos treinos pré-jogo. Ele resolveu trocar quadra e bola por atividades na praia.
– Eu me concentrei na regeneração completa e no bem-estar dos jogadores, depois de uma temporada tão difícil. O plano era que estivéssemos na melhor forma física e mental durante esse período. Então nos desviamos um pouco dos padrões e eu não fiz nenhum treino matinal antes do jogo. Estávamos hospedados perto da praia, íamos lá para nos alongar e fazer caminhadas. Foi muito agradável. Além disso, como vencemos os dois primeiros jogos, não vi necessidade de mudar nada – contou o polonês.
Winiarski também comentou sobre as vitórias diante dos favoritos Brasil e Itália, em um espaço de menos de 24 horas.
– A partida contra o Brasil foi fundamental para a nossa autoconfiança. Depois do jogo, tive a impressão de que acreditávamos cada vez mais que o objetivo que queríamos alcançar estava muito próximo. Por isso enfrentamos os italianos com o mesmo elenco. Tomei essa decisão mesmo sabendo que cada um dos meninos teve uma noite difícil devido ao nível de adrenalina e emoções que fervilhavam em nós após a partida contra o Brasil. No entanto, acreditei que isso nos poderia ajudar e que venceríamos a Itália. A equipe suportou isso de forma brilhante. Em euforia após a partida contra os brasileiros e nessa adrenalina positiva, nosso time mostrou um voleibol muito bom. Quando vencemos a Itália, o objetivo estava muito próximo – falou o técnico.
Ele ainda comentou o importante retorno de jogadores experientes:
– Devo admitir que o regresso de jogadores importantes, como Georg Grozer e Lukas Kampa, fez com que o nosso jogo parecesse completamente diferente. Também valeu a pena o fato de as duas últimas edições da Liga das Nações terem sido um campo de testes para jogadores mais jovens. Isso permitiu que eles atingissem um nível superior, começando a se tornar a força da seleção nacional.